Quatro conselheiros – Flávio Kayatt, Jerson Domingos, Ronaldo Chadid e Waldir Neves – estão na guerra pelo cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul. O sucessor do atual comandante da corte fiscal, conselheiro Iran Coelho das Neves, será eleito em sessão especial prevista para o dia 16 de dezembro deste ano.
No 4º mandato de corregedor-geral e após dois como vice-presidente, Chadid tenta obter o apoio dos outros seis conselheiros para assumir a vaga de presidente do TCE. No cargo de conselheiro há 10 anos, ele é o atual corregedor-geral e chegou a ser alvo da Operação Mineração de Ouro, deflagrada pela Polícia Federal para apurar corrupção, contratação de funcionários fantasmas e venda de sentença.
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Alvo da mesma operação, o conselheiro Waldir Neves está na corte há 13 anos. Ele foi presidente por dois mandatos, de 2015 a 2018, e agora estaria articulando para voltar a chefia da corte fiscal.
No cargo de conselheiro há sete anos, Jerson Domingos é o atual vice-presidente e vai tentar ser eleito presidente neste ano para o biênio 2023-2024. Ele chegou a ser preso na Operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco e pelo Garras contra o grupo de extermínio chefiado pelo cunhado, o empresário Jamil Name.
O conselheiro Flávio Kaytt também está disposto a disputar a presidência do TCE. Na corte há cinco anos, o ex-prefeito de Ponta Porã e ex-deputado estadual é um dos nomes cotados para suceder Iran.
Também fazem parte do TCE os conselheiros Márcio Monteiro e Osmar Jeronymo.
Iran Coelho das Neves teve o mandato marcado pelo escândalo envolvendo a empresa da esposa, Maria Francisca Silva Neves. As prefeituras de Corumbá e Selvíria contrataram a Prosperitate Consultoria, mesmo sem experiência nenhuma, sem licitação e por valor superfaturado em até 600% para regularização fundiária.