Quatro meses após a posse, o conselho seria não convidem para a mesma festa o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e o antecessor, Alcides Bernal (PP). A relação entre ambos anda estremecida. Neste clima de revolta, traições e críticas mútuas, os dois devem realizar a primeira reunião do ano nesta sexta-feira.
A reunião ocorrerá a pedido dos três vereadores do PP, que atuam como integrantes da base do prefeito no legislativo e são contra o rompimento. Dharleng Campos, Valdir Gomes e até Cazuza não questionam a administração municipal, concordam com os projetos, inclusive os mais polêmicos, e não questionam a prefeitura pelos contratos milionários realizados sem licitação, como a operação tapa buracos, a compra de uniformes, kits escolares e até carteiras escolares.
Ontem à noite, Bernal realizou a reunião com os vereadores para discutir o rompimento com o prefeito. Com exceção dos três parlamentares, todos são a favor de deixar a base de Marquinhos na Câmara.
O prefeito tem responsabilizado o antecessor pelos problemas do município. Em um dos casos, ele atacou Bernal por não entregar 83 mil uniformes, causando desperdício do dinheiro público. Apesar de que optou em repetir o gesto e gastou 81% a mais para comprar o vestuário dos alunos sem licitação e desperdiçando R$ 7,8 milhões, apesar da prefeitura estar em “crise”.
Outro estopim foi questionar a obra de recapeamento realizada pelo Exército, que estaria superfaturada em R$ 2,4 milhões. Bernal alega ainda que o prefeito não o considera aliado.
Além de acusar Marquinhos de não cumprir os 11 pontos do acordo fechado no segundo turno do ano passado, o ex-prefeito cita a nomeação de denunciados ou investigados na Coffee Break, como ficou conhecida a operação que investigou a compra de vereadores para lhe cassar o mandato em março de 2014.
Bernal se sente injustiçado pelos ataques de Marquinhos, porque avalia que o seu apoio foi fundamental para a vitória no segundo turno contra a vice-governadora Rose Modesto.
O rompimento será discutido após a reunião com Marquinhos, que não tem horário definido, mas deverá ocorrer nesta sexta-feira.
1 comentário
Os militantes progressistas são contra continuar na Base. Pois Marquinhos ainda acha estar no legislativo e não caiu a ficha que é gestor.