O desembargador de plantão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Amaury da Silva Kuklinski, concedeu habeas corpus preventivo e suspendeu, na noite de quinta-feira, a ordem de prisão contra o jornalista Nélio Brandão. Com a decisão, enquanto discute a censura imposta pela ASMMP (Associação Sul-mato-grossense dos Membros do Ministério Público) em várias instâncias da Justiça, ele mantém o blog no ar.
Autor: Edivaldo Bitencourt
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) não é a única autoridade que tem condições, mas não quita o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O diretor-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro Dino, e o ex-secretário de Obras, Edson Giroto, não só não quitaram o tributo, como foram acionados na Justiça para quitar a dívida ativa.
A Justiça Estadual bloqueou os bens do deputado estadual Lídio Lopes (PEN) para garantir o ressarcimento dos cofres públicos pelo pagamento de salários a uma funcionária fantasma. Enquanto a Assembleia Legislativa ignora as denúncias e não pune ninguém pela farra com o dinheiro público, o MPE (Ministério Público Estadual) comprova as irregularidades.
De Mato Grosso do Sul, o mais delatado entre os 78 executivos e ex-dirigentes da Odebrecht é o ex-senador Delcídio do Amaral, que chegou a ser preso em flagrante no exercício do cargo. Citado em três delações, ele é acusado de receber, no mínimo, R$ 9,4 milhões, mas omitiu a maior parte dos valores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O desembargador Vladimir Abreu da Silva, da 5ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), negou o pedido para suspender a liminar do juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível. Com a decisão, um oficial de Justiça continua a caça do jornalista Nélio Brandão para retirar do ar o blog.
Sem apelido, o deputado federal Vander Loubet (PT) entrou na famosa “Lista de Janot” por supostamente ter recebido R$ 50 mil. Já a falta de dados livrou da denúncia integrantes do Governo de Mato Grosso do Sul, na época sob o comando de Marcelo Miranda Soares.
Dois delatores da Odebrecht citaram o deputado federal Zeca do PT, que foi identificado como “Pescador” na lista da propina da companhia. Ele foi citado ao lado do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, o “Caldo”. Como governadores dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, eles integraram uma comissão para pressionar a União a quitar débitos com a empreiteira. Graças ao empenho de ambos, eles teriam cobrado contribuições para a campanha de 2006. O sul-mato-grossense não era candidato, mas cobrou R$ 400 mil para a campanha do então senador Delcídio do Amaral. O ministro pediu…
A “Lista de Janot”, como ficou conhecida a denúncia bomba feita no dia 14 do mês passado, cita dois deputados federais de Mato Grosso do Sul. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a investigação contra 29 senadores, 42 deputados federais e nove ministros.
Fracassou a manobra para tirar da segunda instância o julgamento do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte. Com todas as fases concluídas, a Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul se prepara para iniciar o julgamento histórico do fundador da igreja evangélica Assembleia de Deus (ex-Nova Aliança) e dois assessores por corrupção e lavagem de dinheiro.
Depois da dívida explodir durante a intervenção decretada pelo então prefeito Nelsinho Trad, a Santa Casa de Campo Grande registra queda no endividamento e contabiliza superávit pelo segundo ano consecutivo. Os números contradizem os dados dramáticos apresentados durante a negociação para ampliar o repasse do poder público neste mês.