Novos tempos chocam a sociedade, mas não o suficiente para por as panelas no terraço. Alexandre de Morais não ficou contente em ser acusado de plágio de um escritor espanhol, de ter mentido com ministro da Justiça, de ter feita aquisições milionárias quando era secretário de Gilberto Kassab em São Paulo e de ter sido advogado de empresas de fachada do PCC (a facção criminosa que vem comandando os presídios e a violência de norte a sul do Brasil).
Ele jantou com senadores a beira do lago em Brasília (uma paisagem lindíssima) e garantiu que vai mudar o tratamento com os “lordes” da política brasileira. Vai recebê-los em seu gabinete, vai tratá-los como reis e não bandidos.
Sinalizou novos tempos para a corrupção no Supremo – vamos esquecer as encenações e por os pingos no “i”.
Ricardo Barros, o ministro da Saúde, comprou um terreno de R$ 56 milhões, apesar do seu patrimônio todo somado não ultrapassar R$ 1,8 milhão, conforme denúncia do jornalista Rubens Valente. Ele entrou com 50% do valor. Depois ainda garantiu uma emenda para que o Governo investisse R$ 420 milhões na pavimentação de uma estrada a poucos quilômetros da área.
Moreira Franco (PMDB) luta para se manter com foro privilegiado e escapar das investigações contra corrupção. O STF não puniu ninguém por roubo, desvio ou formação de quadrilha na Petrobras, tanto que os integrantes da quadrilha chegaram ao comando da nação.
Nenhuma panela tocou em outra desde que Dilma Rousseff (PT) saiu do palácio. Silêncio! A classe média, alta e os indignados estão dormindo ainda? Ou são hipócritas mesmo?