A Odebrecht conseguiu benefício fiscal de R$ 53 milhões para as três usinas de açúcar e etanol em Mato Grosso do Sul em 2013. Um ano de depois, a empresa retribuiu o presente com a doação de R$ 100 mil, de forma oficial, para a campanha da deputada federal Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (PSB), que era secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo.
Autor: Edivaldo Bitencourt
As evidências da compra de voto são claras. Houve crime eleitoral em Fátima do Sul. No entanto, mesmo cassada duas vezes pela juíza eleitoral Rosângela Alves de Lima Faria, Ilda Salgado Machado (PR) continua no cargo de prefeita. Em outras cidades, bastava uma cassação e indícios para afastar o prefeito. No entanto, a história reflete a influência e o poder do ex-deputado Londres Machado, presidente regional do PR, marido de Ilda.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ignorou os apelos de Alcides Bernal (PP) e só liberou R$ 34,2 milhões em depósitos judiciais a Marquinhos Trad (PSD). No entanto, apesar de contar com a ajuda do Judiciário, o atual prefeito não conseguiu impedir o agravamento da crise financeira da prefeitura. A situação é tão dramática que Marquinhos já admite que pode repetir a gestão desastrada de Gilmar Olarte e atrasar salários dos 22 mil funcionários municipais. O terror começou a se propagar no feriadão de Tiradentes.
A facção criminosa PCC, que surgiu nos presídios paulistas e já atua em vários estados brasileiros, é suspeita é ter comandado o maior assalto na história do Paraguai. O grupo de 30 criminosos incendiou 15 carros, matou um policial e explodiu uma empresa de vigilância para roubar R$ 124 milhões em Ciudad del Leste, na fronteira do Paraguai com o Brasil.
O diretor do Foro de Campo Grande, juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, determinou, nesta segunda-feira (24), a apreensão de todos os mandados em poder do oficial de Justiça, Mauro Lino Alves Pena. Ele é acusado de ser espião do ex-prefeito Gilmar Antunes Olarte, para o qual repassava informações até de processos que tramitavam em sigilo.
Executivos da Odebrecht desmentiu a delação premiada firmada pelo ex-senador Delcídio do Amaral e revelou que ele cobrou propina de R$ 4 milhões para incluir a inexperiente UTC na obra de ampliação da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O pagamento teria sido acertado em reunião no escritório de Nestor Cerveró, na Petrobras.
O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte, sofreu duas novas derrotas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul neste mês.No entanto, ele não se abateu e ainda aposta no último recurso, espécie de “bala de prata”, para adiar o julgamento por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do “golpe do cheque em branco”.
Famoso por ser vaidoso e até popularmente chamado de “Antônio Fagundes do Pantanal”, o ex-senador Delcídio do Amaral ficou chateado por ter sido excluído do rateio da propina de R$ 4 milhões entre os senadores. Ele foi o relator do Projeto de Resolução do Senado 72, que ficou conhecido como a “Guerra dos Portos”, mas não recebeu “atenção” da Odebrecht. Depois da reclamação, ganhou “mimo” de R$ 500 mil.
A cada dia surge mais um político de Mato Grosso do Sul envolvido no mega escândalo de corrupção da Odebrecht. “Fazendeiro”, condinome de Aurélio Cance Junior, é o 9º envolvido por cobrar propina de R$ 4 milhões para beneficiar a empreiteira no contrato de R$ 150 milhões, mas acabou levando R$ 800 mil de propina.
Mais um escândalo envolve o deputado estadual Lídio Lopes (PEN) e a esposa, a vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes. Eles teriam conseguido nomear a sobrinha, a acadêmica de Direito, Nathália Lopes Telles, no gabinete do presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB). O salário da jovem, que estuda de manhã e faz estágio à noite, pode variar entre R$ 1.069,42 a R$ 3,2 mil, dependendo da gratificação paga.