A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) voltou a irritar os bolsonaristas após vídeo, em que confraterniza com os petistas, viralizar nas redes sociais e grupos de aplicativos. Eleita na onda do bolsonarismo em 2018 e candidata a presidente da República no ano passado, ela lamentou a polarização da política.
A senadora chegou a ser chamada de fascistas após ser identificada pelos lulistas presentes à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo. “Sou não”, reagiu Soraya.
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“Com certeza voltei atrás, assumo onde errei e onde estava iludida em relação ao Bolsonaro”, respondeu Soraya ao apoiador de Lula. Ao ver a parlamentar acompanhando a cerimônia, uma outra apoiadora de Lula disse: “democracia é isso”.
“Eu gostaria que o brasil tivesse superado a polarização, mas ao mesmo tempo hoje eu estou aqui comemorando com todos os brasileiros que a democracia venceu”, festejou a senadora por Mato Grosso do Sul.
“Estou com vocês. Estamos juntos, sou brasileira. Eu trabalho para o Brasil inteiro, eu vou votar com o Brasil”, garantiu Soraya. O partido da senadora indicou três ministros do Governo Lula.
Soraya foi candidata a presidente e ficou em 6º lugar ao obter 600 mil votos. A senadora foi o destaque dos debates ao provocar Bolsonaro e chamar o candidato do PTB, Padre Kelmon, de “padre de festa junina”. Ela também ficou famosa ao questionar se o religioso não tinha medo de ir para o inferno.
Atuante nas redes sociais, ela também se destacou nesta semana ao reagir ao senador eleito Sergio Moro (União Brasil). O ex-juiz disse que a corrupção não foi citada nenhuma vez no discurso de posse de Lula. Soraya disse ao colega de partido que combate à corrupção deixou de existir na gestão de Bolsonaro.