Os limites da maldade humana chocam a cada dia. Em mundo globalizado, quando imaginamos que já vimos de tudo, surge um caso brutal como o proprietário do lava jato na Vila Morumbi.
Autor: Edivaldo Bitencourt
Veja o quanto o gesto de Donald Trump é imbecil e nocivo. O atirador do Canadá, que matou seis, era da extrema direita, admirador do presidente americano e seguidor de Le Pen.
A Assembleia Legislativa gastou dinheiro para instalar ponto eletrônico. O local conta com mais de 1,1 mil funcionários, mas só um terço, 350, segundo matéria do Campo Grande News, vão ser monitorados religiosamente todo dia. E o restante?
Já imaginou o escárnio, com Gilmar Mendes – o exemplar juiz, que se reúne com réu para tomar chá na tarde de domingo ou um vinho tarde da noite – ser sorteado para relatar a Lava Jato. Aquele que considerou a estabilidade do país logo após saber da morte de Teori Zavascki. Oremos a Deus, porque a situação do escárnio e do deboche com o povo brasileiro ainda não terminou. Eike Batista, antes de ser preso, em entrevista à TV Globo, já ensaiou o renascimento: ele quer fazer parte do novo Brasil: vai entregar quem quiser e recomeçar o império…
Aos poucos, vamos revivendo o velho oeste americano. Não se prende nem se julga mais ninguém. Antes, as mortes eram restritas ao DOF, na nossa fronteira e longe das áreas urbanas. Agora, nesses tempos tenebrosos e da idade da pedra, a lei do 44 vale até no Centro da Capital.
O PMDB de Mato Grosso do Sul corre o risco de se afogar na Lama Asfáltica, operação congelada pela Polícia Federal. Após comandar a Capital por 20 anos e o Estado por oito anos, a sigla só tem uma liderança em condições de vencer qualquer disputa: André Puccinelli.
A presidente do Supremo Tribunal Federal,ministra Carmem Lúcia, agiu certo ao homologar a delação dos 77 da Odebrecht. No entanto, falhou ao não acabar com o sigilo das delações. A lei diz que o sigilo deve ser mantido até a denúncia. No entanto, todo mundo, sabe que esse sigilo é seletivo, protege uns bandidos, enquanto os vazamentos estratégicos corroboram para construir um monstro no imaginário popular.
A Solurb, contratada no apagar das luzes por Nelsinho Trad (PTB/PMDB), é um colcha de fatos nebulosos. Tinha no empresário João Amorim, investigado em uma série de casos de corrupção, um grande defensor.
Campo Grande perdeu 12,5 mil empregos em dois anos, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho. Os números equivalem a quatro vezes a população de Figueirão. Um dos responsáveis foi Alcides Bernal (PP), que praticamente manteve a secretaria responsável pelo desenvolvimento inativa. Até houve o caso de manter o cargo de secretário vago enquanto a titular foi candidata.
Vereadores de Campo Grande deveriam ser responsabilizados criminalmente e na Justiça pela sacanagem. Se o valor da Cosip for cobrado retroativo, a conta deve ficar com quem votou pela suspensão da taxa, porque só tinham olhos para boicotar o prefeito Alcides Bernal (PP). O contribuinte não pode ser punido pelos envolvidos na Coffee Break e amigos dos investigados na Lama Asfáltica, simples assim. Desde o início, todo mundo sabia que a suspensão seria prejudicial ao município, que arque com as consequências dos seus atos mesquinhos, nojentos e inescrupulosos.