O deputado estadual Zé Teixeira (DEM), no sexto mandato, é citado na delação premiada dos executivos da JBS. Conforme a denúncia, ele é um dos produtores rurais que emitiram notas falsas para “legalizar” o pagamento de propina ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que totalizaram R$ 15,4 milhões. Conforme a delação de Ricardo Saud e dos irmãos Joesley e Wesley Batista, o pecuarista José Roberto Teixeira emitiu duas notas fiscais frias para garantir o pagamento de R$ 1,692 milhão em propina.
Autor: Edivaldo Bitencourt
Presente em todas as delações, o ex-senador Delcídio do Amaral não poderia ficar fora da bombástica feita pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS. Conforme o depoimento do executivo Ricado Saud, ele recebeu R$ 500 mil por mês. No entanto, ao contrário do cidadão comum, que ganha R$ 937 de salário por mês, o ele classificava essa super mesada de “mensalinho”.
A bombástica delação da JBS, feita pelos irmãos e diretores da companhia, a maior produtora mundial de carnes, revela que o secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, foi um dos produtores rurais que falsificou nota fiscal para justificar o pagamento de propinas ao governador Reinaldo Azambuja.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o antecessor, André Puccineli (PMDB), vão ser julgados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelo suposta cobrança de R$ 150 milhões em propina entre 2007 e 2016. A determinação é do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que homologou as delações dos irmãos Wesley e Joesley Mendonça Batista, donos da JBS.
A delação dos donos do JBS,maior produtor mundial de carnes, implodiu a política de Mato Grosso do Sul. Em delação premiada, Wesley Mendonça Batista entrega os esquemas de pagamento de propinas aos governadores do Estado nos últimos 20 anos. O líder do ranking é André Puccinelli (PMDB), que recebeu R$ 112,3 milhões em oito anos.
A Justiça Federal determinou a abertura de conta na Caixa Econômica Federa para retirar R$ 1 milhão das contas bloqueadas e quitar a fiança do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Além disso, o juiz substituto da 3ª Vara Federal, Fábio Luparelli Magajewski, responsável pela Operação Lama Asfáltica, determinou a adoção de medidas para evitar eventual viagem para países onde não é necessária a apresentação do passaporte.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Justiça Federal em Mato Grosso do Sul vai julgar o ex-senador Delcídio do Amaral pelo suposto pagamento de US$ 1 milhão por meio de offshore na Suiça para pagar o marqueteiro João Santana. Este é o famoso caso em que o ex-petista contratou o publicitário durante uma reunião na sauna, com os dois nus, para evitar gravações.
Para por fim à ofensiva da Polícia Federal, os donos do JBS decidiram propor delação premiada e entregar todos os políticos envolvidos. Especula-se que seriam 1.890 em todo o País. Bombástico, os depoimentos dos irmãos Joesley e Wesley Batista implodiram a “república” e devem chegar a base da pirâmide política.
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), o primeiro na história investigado pelo Supremo Tribunal Federal, anunciou que não vai renunciar ao mandato. Ele já alvo de dois pedidos de impeachment. O terceiro é assinado por sete deputados federais do PSDB – entre os signatários está Elizeu Dionízio, de Mato Grosso do Sul.
André Puccinelli (PMDB) recorreu a um dos criminalistas mais caros do País para conseguir o habeas corpus e se livrar da maldita tornozeleira eletrônica. Apesar de estar com os bens bloqueados e não contar com R$ 1 milhão para pagar fiança, o ex-governador contratou Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, conhecido como o advogado das causas impossíveis.