O Brasil não merece ter um advogado com a ficha de Alexandre de Moraes como ministro do Supremo Tribunal Federal, a nossa mais alta corte. Apesar de ter o currículo exigido para o cargo, os casos nebulosos vão mostrar que o crime compensa no país.
Inicialmente, ele era filiado até este mês ao PSDB, cujo presidente, senador Aécio Neves, é citado em várias delações da Operação Lava Jato. Caso seja aprovado pelo Senado, onde vários senadores são citados e investigados na famosa ofensiva contra a corrupção, ele será o primeiro ministro filiado a um partido político e o revisor da Lava Jato no STF.
O ministro licenciado da Justiça é acusado de plagiar a obra do escritor espanhol Francisco Rubio Llorente. Se estivesse na banca para ser professor de uma faculdade ou apresentado o trabalho de conclusão de curso, Alexandre de Moraes seria reprovado, porque copiar obra literária de outro sem citar a fonte é crime.
Como ministro da Justiça, ele mentiu publicamente. A certeza de que os pequenos detalhes não vão interferir é tanta, que mentiu de novo em novo ofício enviado ao Senado, onde não revela que sua mulher advoga em ações no Supremo.
Morais será indicado por Michel Temer com a missão de desqualificar a Lava Jato no STF – todo mundo sabe desta missão.
O futuro ministro do STF debocha tanto dos bons costumes, que nem se acanhou em passar uma noitada com senadores em um barco de luxo às margens do lago em Brasília. Segundo relatos jornalísticos, nunca desmentidos, ele sinalizou aos senhores da alta casa de leis brasileira que dará outro tratamento aos envolvidos em corrupção daquele parlamento.
Alexandre de Moraes ainda é acusado de ter advogado para as empresas de fachada do PCC, a famosa facção criminosa paulista que vem impondo o terror nos presídios e dominando as ruas do Brasil.
Se o Brasil fosse sério, o seu nome seria barrado na indicação, porque não tem moral para o cargo. Mas… o pais vive novos parâmetros de civilidade e costumes.