Candidato do PSDB ao governo, Eduardo Riedel destacou que Mato Grosso do Sul “é um Estado predominantemente feminino”. Contudo, não abriu espaço em sua chapa para uma vice do sexo feminino.
“O Mato Grosso do Sul é um Estado predominantemente feminino, e o fortalecimento de políticas públicas para as mulheres será nossa prioridade nos próximos anos. Vamos trabalhar para estruturar ainda mais os mecanismos de inclusão, qualificação e empoderamento”, afirma o candidato tucano.
A declaração se ancora em dados populacionais: estima-se que 50,4% (1.446.389) da população sul-mato-grossense seja de mulheres. No Estado, mais de 252 mil mulheres – com 25 anos ou mais – são responsáveis por seus lares. Essa realidade se intensifica entre as mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto: 130.843 eram as únicas provedoras da residência.
“Quanto mais qualificadas as mulheres forem, mais chances terão no mercado de trabalho. Por isso estaremos muito atentos ao fomento de ações neste sentido”, assegura Riedel.
Entre 2008 e 2018, elas aumentaram sua presença na indústria em 28,34%. Nesse cenário, os municípios que mais contrataram mulheres nos últimos anos, em termos percentuais, foram Itaquiraí, São Gabriel do Oeste, Dourados e Campo Grande.
“Além de serem maioria, as mulheres de Mato Grosso do Sul têm papel decisivo na economia dos lares, e precisam ser valorizadas, especialmente devido ao fato de que grande parte delas tem jornada dupla, no trabalho e em casa”, afirma Riedel.
Nesta eleição, mulheres voltaram a se candidatar a governadora após 20 anos. Mato Grosso do Sul nunca elegeu uma mulher para chefia do Poder Executivo. Giselle Marques e Rose Modesto lideram as chapas do PT e União Brasil, respectivamente. Enquanto Marquinhos Trad (PSD) compõe a chapa com a médica Viviane Orro (PSD) e André Puccinelli (MDB) anunciou Tânia Garib (MDB).
Nas demais quatro candidaturas, incluindo a de Riedel, candidatos e vices são homens.
Do total de 1.996.510 votantes em MS, 52% (1.047.054) são do sexo feminino e 47% (949.456) são do sexo masculino. A última eleição com candidata ao governo foi em 2002, quando Marisa Serrano chegou ao segundo turno, mas foi derrotada por Zeca do PT.
Nascido no Rio de Janeiro, Eduardo Riedel tem 52 anos e faz a estreia na política. Ex-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), ele está no primeiro escalão do governo Reinaldo Azambuja desde 2015. Em sete anos, comandou as secretarias de Governo e de Infraestrutura.