A ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (PP), do Centrão, lidera a disputa do Senado em Mato Grosso do Sul com 25,4%, segundo a primeira pesquisa realizada pelo IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisas), divulgada pelo O Jacaré. O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) vem em segundo lugar, com 17%, e sinaliza que a disputa com a deputada federal será acirrada.
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Os dois pré-candidatos a senador na chapa de Rose Modesto (União Brasil), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) e o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), estão em empate técnico na terceira colocação. O pelotão da lanterna tem o ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB), com 3%.
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Candidato a senador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o professor universitário e advogado Tiago Botelho (PT), ainda não se decolou e segue abaixo de um dígito, conforme o IBP. Concorrendo com ele pela federação, o publicitário Henrique Medeiros (PV), é o lanterna, com 0,2%.
Realizada entre os dias 18 e 22 deste mês com 2,5 mil eleitores em 25 municípios, a pesquisa tem margem de erro de 2% para mais ou menos e nível de confiança de 95%. O instituto registrou no Tribunal Regional Eleitoral com os números MS-05517/2022 e BR-00261/2022.
Na espontânea, quando o eleitor cita o nome do candidato sem ver o disco, Tereza tem 13,40%, juiz Odilon 7,2%, a senadora Simone Tebet (MDB) com 6,80%, Rose com 5,4%, Mandetta com 3,6%, Harfouche com 2,4%. A maioria absoluta ainda não está convicta da escolha, já que 58% não sabem ou vão votar nulo e branco.
Na estimulada, Tereza surge com 25,40%, contra 17% de Odilon. O ex-ministro da Saúde ficou em 3º, com 10,2%, seguido por Harfouche com 7,6%, Waldeli com 3%, Jeferson Bezerra (Agir 36) com 1,40%, Wilson Joaquim com 0,60%, Tiago Botelho com 0,40%, Adonis Marcos com 0,20% e Medeiros com 0,20%.
Em decorrência das rusgas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em decorrência das medidas de combate à covid-19, Mandetta é o mais rejeitado, por 11,20%, seguido por Odilon com 9,80%, Harfouche com 7,6%, Tereza com 6,40% e Botelho, por 5,2%.
Tereza conta com o apoio de Bolsonaro e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No início do ano, o assessor da deputada federal, Marco Santullo, protagonizou um escândalo ao brigar em um boteco com o presidente do Podemos, Sérgio Murilo. Ele foi acusado de usar a máquina estadual tucana para forçar o prefeito a se filiar ao Progressistas. Caso o político se recuasse a filiar ao partido da ex-ministra, a cidade perderia os investimentos, segundo Murilo.
A pressão pode ter funcionado, já que o PP passou a ser a maior bancada na Assembleia Legislativa e ter o segundo maior número de prefeitos em MS, só atrás do PSDB. Só que a ex-ministra ainda vai precisar conquistar o eleitor para garantir o mandato de senadora.
Os votos dos bolsonaristas em MS deverão ser disputados por Odilon e por Harfouche, que fizeram campanha para o presidente em 2018. O procurador inclusive endossou teses polêmicas de Bolsonaro, como a campanha contra a vacinação de crianças para se prevenir da covid-19.
Já Tiago vai ter trabalho para colar em Lula e convencer o eleitor de que precisa ser eleito para ajudar o petista no Congresso Nacional. O principal problema do governante é ser eleito e não ter o apoio dos deputados federais e dos senadores para implementar as propostas de campanha.
No entanto, o caso mais emblemático de que pesquisa não ganha eleição é o de Soraya Thronicke (União Brasil). Ela não apareceu em primeiro no radar dos institutos e surpreendeu ao derrotar caciques regionais, como Zeca do PT, Waldemir Moka, Delcídio do Amaral e Marcelo Miglioli.
Amanhã, O Jacaré publica a pesquisa sobre a disputa presidencial em Mato Grosso do Sul, inclusive sobre os segmentos e localidades que mais preferem Bolsonaro e Lula.