A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão, subiu quase oito pontos percentuais e ampliou a vantagem em primeiro lugar, segundo pesquisa do IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisa). O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) caiu três pontos e empatou em 2º lugar com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil). Os números são divulgados pelo O Jacaré.
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O procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), teve oscilação tímida, mas está em situação de empate técnico com o concorrente para compor a chapa com a deputada federal Rose Modesto (União Brasil). O advogado Tiago Botelho (PT) ainda não acertou o tom da campanha para se atrelar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e segue no pelotão da lanterna.
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Realizada com 2,5 mil eleitores entre os dias 17 e 22 deste mês, a pesquisa do IBP tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 2% para mais ou menos. O levantamento foi registrado com os números MS-06086/2022 e BR-02473/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.
Cotada para ser vice do presidente Jair Bolsonaro (PL), que resiste à pressão para aceitar a deputada federal como companheira de chapa por temer ser alvo de processo de impeachment no Congresso, Tereza subiu 10 pontos na espontânea, de 13,40% para 23,5%. O concorrente mais direto, Odilon oscilou de 7,2% para 8,10%.
O ex-deputado federal do União Brasil saltou de 3,6% para 6,2% na espontânea, enquanto o procurador de Justiça foi de 2,4% para 4,70%. Apenas um dos dois será candidato, já que o TSE vetou o lançamento de dois candidatos ao Senado por uma mesma coligação.
Mesmo sem disputar o Senado, Rose tem 3,8%, seguida pela presidenciável Simone Tebet (MDB) com 2,90%. Os votos nulos, brancos e indecisos somam 48,4%.
Na pesquisa estimulada, quando um disco com os nomes é apresentado ao eleitor, Tereza tem 33,10%, seguida pelo juiz Odilon com 14,20%, Mandetta com 10,30%, Harfouche com 8,2%, Jeferson Bezerra (Agir 36) com 1,60%, pelo ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB) com 1,2%, Tiago Botelho com 1%, Adonis Marcos (PSOL) com 0,2%, Henrique Medeiros (PV) e Wilson Joaquim (PSC) com 0,10%. Os nulos, brancos e indecisos seriam de 30%.
Em relação à pesquisa do IBP de maio, Tereza passou de 25,4% para 33,1% e se consolidou em primeiro lugar. Ela conta com o apoio de Bolsonaro e vem sendo beneficiada pela estrutura da campanha com o candidato do PSDB, Eduardo Riedel, que vem percorrendo o Estado desde o ano passado. Caso deixe a disputa para ser vice de Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura abre uma avenida para os adversários na disputa do Senado.
Odilon perdeu força em um mês ao oscilar de 17% para 14,2%. Mandetta ficou estável, já que oscilou de 10,2% para 10,30%. Harfouche foi de 7,6% para 8,2%. O presidente regional do Avante, Lúcio Soares, diz que o procurador vai começar a campanha na segunda-feira.
O MDB ainda não decidiu qual candidato vai lançar. A indecisão tem prejudicado Waldeli, que caiu de 3% para 1,2%. O ex-governador André Puccinelli (MDB) admite que também pode lançar o ex-ministro da Secretaria de Governo na gestão de Michel Temer, Carlos Marun.
Outro que não vem conseguindo aproveitar o embalo de Lula é o professor universitário Tiago Botelho. Neófito na política, o advogado não está conseguindo aparecer como o candidato de Lula em Mato Grosso do Sul. Já Tereza conseguiu até declaração de apoio de Bolsonaro. Botelho está com 1%, contra 0,40% de maio.
Alçado à fama de inimigo de Bolsonaro, Mandetta é o mais rejeitado, com 10,80%. Ele é seguido por Odilon com 9,7%, Tiago com 8,90%, Tereza com 6,4%, Harfouche com 5,10%, Wilson Joaquim com 4,60%, Waldeli com 3,2%, Henrique com 3% e Jeferson com 1,1%.
Os números devem mudar até a eleição. O exemplo mais clássico foi a última eleição. Soraya Thronicke (União Brasil) não aparecia entre os primeiros colocados nas pesquisas e acabou surpreendendo com a abertura das urnas ao bater políticos tradicionais e com grande estrutura, como Waldemir Moka (MDB), Zeca do PT e Marcelo Miglioli.