O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu três pontos e o presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu três pontos em relação ao mês de maio deste ano. Conforme pesquisa do Instituto Ranking Brasil, divulgada neste domingo (5), pela primeira vez, a disputa presidencial está empatada tecnicamente em Mato Grosso do Sul, famoso por dar vitória ampla aos candidatos da direta nas últimas eleições presidenciais.
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Para completar o cenário, a senadora Simone Tebet (MDB), que conseguiu o apoio do Cidadania e enfrenta pressão do PSDB para tirar emedebistas em três estados, permaneceu estável, mas segue em 3º lugar desde a saída do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
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A pesquisa foi realizada com 3 mil eleitores entre os dias 31 de maio e 4 deste mês, com margem de erro de 1,8% para mais ou menos e registrada na Justiça Eleitoral com os números BR-06808/2022 e MS-09658/2022.
Conforme a Ranking, Bolsonaro lidera a disputa com 35,20%, seguido por Lula com 33,50%, Simone com 4,20%, pelo ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), com 3,50%, pelo deputado federal André Janones (Avante) com 1% e pelo pernambucano Luciano Bivar (União Brasil) com 0,3%. Brancos, nulos e indecisos somam 22,30%.
Em relação ao mês passado, o presidente oscilou de 38,20% para 35,20, enquanto o petista passou de 30,10% para 33,5%. Lula acumula alta de seis pontos em dois meses, já que tinha 27,1% em abril deste ano. Como a margem de erro é de 1,8%, o ex-presidente e Bolsonaro estão empatados tecnicamente.
O cenário de empate persiste em uma simulação de confronto direto entre os dois. Bolsonaro caiu quatro pontos, de 43,50% para 39,50%, enquanto Lula subiu três, de 35% para 38%. Em abril, a diferença entre os dois era de 10%, já que o presidente vencia o petista por 45% a 35%.
A mesma variação se verifica na pesquisa espontânea, quando o eleitor fala o nome do candidato sem ver o disco. Bolsonaro passou de 32% para 28%, enquanto Lula subiu de 24,1% para 26%. Simone ficou estável, variando de 2,8% para 2,4%, enquanto Ciro passou de 1,8% para 2,1%.
As boas notícias para o PT também ocorerram no quesito rejeição. Lula ainda é o mais rejeitado, mas viu o índice reduzir de 35,40%, em maio, para 31,1% neste mês. Já Bolsonaro viu o percentual de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum subir de 27% para 29,4%. Em abril, a rejeição do presidente era de 25%.
Os números mostram que a inflação e o aumento dos combustíveis podem ter pesado nas intenções de voto em Bolsonaro. A inflação oficial é a maior desde a implantação do Plano Real. Bolsonaro sabe dos efeitos eleitorais da política de preço dos combustíveis e vem tentando mudar com a troca no comando da Petrobras.
O equilíbrio na disputa entre o presidente e o ex-presidente pode ter impacto nos palanques estaduais. Como Bolsonaro vinha liderando com folga, o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), vinha brigando pelo apoio de Bolsonaro no Estado. Tereza Cristina vinha articulando para o presidente trocar um aliado fiel, como o Capitão Contar (PRTB), pelo tucano, que praticou representa a administração que adotou medidas combatidas pelo presidente, como o aumento do ICMS sobre a gasolina e as medidas recomendadas pela OMS para combater a pandemia da covid-19. A subida de Lula pode levar outros candidatos a requisitar o apoio do petista no Estado. Por enquanto, a candidata de Lula é a advogada Giselle Marques (PT). No entanto, o petista tem interesse em fechar aliança com o ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), que tem se mantido neutro na disputa presidencial até o momento.