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    Opinião

    O racismo de hoje e a colônia racista criada pela irmã de Nietzsche no Paraguai

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt16/04/20224 Mins Read
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    No artigo “Nietzsche e o quiproquó nazista”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro pontua sobre o famoso alemão, que acabou sendo acusado de racista após ter sido mal interpretado. “Nietzsche foi acusado de racista pelo uso de seus livros, talvez mal interpretados, pelo Terceiro Reich. Outro problema que sobe à superfície, após a doença e morte de Nietzsche, sua irmã Elisabeth terminou obras inacabadas, encontrou e presenteou Hitler com livros de seu irmão”, pontua.

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    “É preciso saber que o filósofo alemão havia tocado em assuntos sensíveis como raça, eugenismo e política. A maior parte do uso ‘raça’ está em 1880. O conceito talvez estivesse mal definido, mas raça também se adapta quando se trata de cultura, povo e comunidade”, pondera.

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    “(A irmã de Nietzsche) era antissemita, racista, tocava piano clássico, sobretudo Wagner, fundou a comunidade Nueva Germania, em companhia do marido, Bernhard Förster, no Paraguai. Posteriormente, com ascensão do nazismo, a comunidade ganhou o nome ‘libertados das forças de Sion’. Fôrster se dizia cristão mas ignorava e negava que Jesus era judeu”, relembra.

    Em seguida, ele recorre aos termos usados por Elisabeth e pelo marido, que até hoje formam o preconceito no Brasil contra os povos indígenas. “No Paraguai, o casal dizia que os índios guarani eram indolentes, preguiçosos e indiferentes. Parece pura coincidência, mas o presidente brasileiro diz a mesma coisa sobre os índios, por isso permite invasão da propriedade indígena, garimpeiros que vomitam veneno na natureza a procura de ouro”, afirma Pinheiro.

    Confira o artigo na íntegra:  

    “Nietzsche e o quiproquó nazista

    Mário Pinheiro, de Paris

    A crítica filosófica atinge vários personagens que se nutrem do vazio, mas procuram passar a imagem de pessoa culta, honesta e de família. No século 19 a questão racial nascia através do interesse da antropologia. Nietzsche queria evitar preconceitos racistas de seu tempo que culminassem no nacional-socialismo.

    É preciso saber que o filósofo alemão havia tocado em assuntos sensíveis como raça, eugenismo e política. A maior parte do uso ‘raça’ está em 1880. O conceito talvez estivesse mal definido, mas raça também se adapta quando se trata de cultura, povo e comunidade.

    Nietzsche foi acusado de racista pelo uso de seus livros, talvez mal interpretados, pelo Terceiro Reich. Outro problema que sobe à superfície, após a doença e morte de Nietzsche, sua irmã Elisabeth terminou obras inacabadas, encontrou e presenteou Hitler com livros de seu irmão.

    Ela era antissemita, racista, tocava piano clássico, sobretudo Wagner, fundou a comunidade Nueva Germania, em companhia do marido, Bernhard Förster, no Paraguai. Posteriormente, com ascensão do nazismo, a comunidade ganhou o nome ‘libertados das forças de Sion’. Fôrster se dizia cristão mas ignorava e negava que Jesus era judeu. Förster se suicida com estricnina anos mais tarde e sua esposa maquia sua morte em ‘ataque de nervos’.

    No Paraguai, o casal dizia que os índios guarani eram indolentes, preguiçosos e indiferentes. Parece pura coincidência, mas o presidente brasileiro diz a mesma coisa sobre os índios, por isso permite invasão da propriedade indígena, garimpeiros que vomitam veneno na natureza a procura de ouro.

    O casal alemão tinha uma maneira de introduzir Deus no meio do ódio, gerar riqueza pessoal e dizer que o divino estava engajado na extinção de judeus, homossexuais e deficientes. No Brasil o índio morre carbonizado, estuprado, a bala, ao preço da violência gratuita enquanto pastores exigem ouro, reuniões secretas com evangélicos. Antes, era leite condensado, agora é Viagra e prótese peniana. Atrás do segredo está a vergonha e a corrupção.  

    Se colocamos a mesma questão sobre o uso de Deus hoje, o racismo saiu do armário graças ao racista camuflado que chegou ao Planalto usando estigmas religiosos de católicos e evangélicos com apologia a armas. O racismo nazista revive na pele dos que se dizem éticos, corretos, do bem, mas são adeptos do mal. Paradoxalmente, o mal e o bem percorrem juntos caminhos diferentes”.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

    CULTURA filosofia MÁRIO PINHEIRO Nietzsche e o quiproquó nazista NO DIVÃ EM PARIS opinião para refletir

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