O MDB estuda relançar o programa “Ponte para o Futuro”, do ex-presidente Michel Temer, para a campanha à presidência da República da senadora Simone Tebet nas eleições deste ano. Um dos principais pontos do projeto é o teto dos gastos públicos, que limita os investimentos públicos e vem sendo criticada pela maior parte dos pré-candidatos.
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De acordo com o jornal Valor, a emedebista ainda está não definiu o responsável por coordenar a área econômica do seu plano de governo, mas ela tem conversado frequentemente com o professor da PUC do Rio de Janeiro e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo. Ele trabalhou na campanha presidencial de Henrique Meirelles (MDB) em 2018.
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Oscilando em torno de 1% nas pesquisas de opinião pública, Simone trava uma disputa acirradíssima para ser a representante da terceira via com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT).
No entanto, Moro e Doria já anunciaram o principal responsável pela área econômica. Meirelles, que é secretário estadual de Fazenda de São Paulo e foi ministro da Fazenda de Temer, vai coordenar o programa tucano. Moro anunciou Affonso Pastore, ex-presidente do Banco Central.
Apesar do partido estar dividido entre apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, tem enfatizado que a candidatura de Simone é para valer. Ele ressaltou que o partido irá até o fim com a senadora sul-mato-grossense.
Interlocutor de Simone, Camargo propõe, segundo Valor, relançar o programa de Michel Temer. Ele lançou o “Ponte para o Futuro” em outubro de 2015. O programa tem 12 pilares, que incluem até a polêmica Reforma Trabalhista.
Para tentar deslanchar nas pesquisas, Simone assumiu uma postura mais agressiva em relação ao Governo. Em entrevista a um jornal português, ela acusou Bolsonaro de entrar para a história como o pior presidente do Brasil. A declaração acabou sendo bombardeada por bolsonaristas e petistas.
Caso não viabilize a candidatura à presidência da República, Simone poderá disputar a reeleição já que está no último ano de mandato como senadora da República por Mato Grosso do Sul. Ela terá uma concorrente de peso na disputa, a ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM), que conta com o apoio de Bolsonaro.
Primeira pesquisa registrada mantém Simone com apenas 1%; Lula lidera com 45%
A primeira pesquisa de 2022, registrada no Tribunal Superior Eleitoral e realizada pela Quaest Consultoria e Pesquisa, aponta que Simone Tebet segue com 1% na corrida do Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera o levantamento com 45%. A sondagem foi paga pela Genial Investimentos.
Bolsonaro fica em 2º com 23%, seguido por Moro com 9%, Ciro com 5% e Doria com 3%. Simone fica com 1%, enquanto o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD) e o empresário Felipe D’Ávila (Novo) não pontuaram.
O levantamento foi realizado entre 6 e 9 de janeiro e ouviu 2.000 pessoas presencialmente. A pesquisa foi registrada nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser encontrada pelo número de identificação: BR-00075/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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