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    Opinião

    Em artigo, filósofo analisa os avanços e críticas aos estudos psiquiátricos de Freud

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt08/01/20225 Mins Read
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    No artigo “Freud e as controvérsias”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro analisa as teorias e contradições apontadas por outros estudiosos, como Michel Onfray, nas conclusões do famoso psiquiatra. “Seu método, à época, foi altamente criticado, mas aceito por se tratar de esclarecer e trazer à superfície fatos marcantes da infância”, pontua.

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    “Uma antiga revista de filosofia revela que Freud foi acusado de fazer o jogo dos exploradores, que sua teoria alimentava a ideologia de direita. Os críticos eram marxistas e eles enxergaram na psicanálise uma prática conservadora. Mas estes críticos acabaram por perceber que eles também eram vítimas da máquina humana, de suas transformações, de tabus”, lembra.

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    “Segundo Onfray, o método aplicado por Freud nem sempre funcionava e que havia pacientes que jamais conseguiram dormir durante a consulta. Neste caso, valia a quantia deixada pelo paciente”, cita.

    “Ora, a psiquiatria viu a luz do dia a partir de 1893, e era cedo para concluir se o método terapêutico dava resultado. A histeria era vista como derivado de bruxaria, gente possuída, uma psicose. Mas a histeria estava diante da libido, uma pulsão sexual”, comenta.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Freud e as controvérsias

    Por Mário Pinheiro, de Paris

    O médico psiquiatra Sigmund Freud desenvolveu técnicas inovadoras no confronto das pessoas com síndromes capazes de serem curadas a partir do trabalho do inconsciente. Seu método, à época, foi altamente criticado, mas aceito por se tratar de esclarecer e trazer à superfície fatos marcantes da infância. O complexo de Édipo e de Electra é um dos casos interessantes que nos obriga uma visita particular ao passado maternal. 

    Uma antiga revista de filosofia revela que Freud foi acusado de fazer o jogo dos exploradores, que sua teoria alimentava a ideologia de direita. Os críticos eram marxistas e eles enxergaram na psicanálise uma prática conservadora. Mas estes críticos acabaram por perceber que eles também eram vítimas da máquina humana, de suas transformações, de tabus.

    A crítica foi retomada pelo filósofo Michel Onfray, em seu livro, “O crepúsculo de um ídolo”, onde ele aponta falhas no método freudiano de hipnose para tratar histeria. Segundo Onfray, o método aplicado por Freud nem sempre funcionava e que havia pacientes que jamais conseguiram dormir durante a consulta. Neste caso, valia a quantia deixada pelo paciente.

    Mas isso ainda não é suficiente. Freud teria trocado cartas com o médico otorrinolaringologista alemão Wilhelm Fliess. Em uma de suas missivas, Freud diz, em 28 de dezembro de 1887, “comecei a trabalhar a hipnose e obtive sucessos pequenos, mas importantes”. Mais adiante, “tenho neste momento uma senhora deitada diante de mim, hipnotizada, então posso continuar a escrever”.

    E não para por aí, Onfray relata que Freud tinha costume de dormir, às vezes, durante consultas pagas. O neurologista e psiquiatra francês Jean-Martin Charcot diz que a hipnose funciona somente em casos de histeria e que o tempo lhe deu razão.

    Freud teria visitado o especialista em hipnose Hippolyte Bernheim, em Nancy, para aprender suas técnicas. Para a histeria, Freud trabalha a imposição das mãos e para as histéricas, ele teria preconizado a massagem do útero. Na mulher tida como histérica, aquela que acabara de encontrar o prazer com os dedos, o que era mal visto, o psicanalista requeria se a patologia funcionava.

    Ora, a psiquiatria viu a luz do dia a partir de 1893, e era cedo para concluir se o método terapêutico dava resultado. A histeria era vista como derivado de bruxaria, gente possuída, uma psicose. Mas a histeria estava diante da libido, uma pulsão sexual.

    Para Onfray, Freud foi um mal hipnotizador, porque a prática não deu certo. A massagem do útero foi feita pelo psiquiatra em várias pacientes a fim de parar os sintomas histéricos. A contribuição para a história do movimento psicanalítico, de 1909, mostra Freud modesto onde ele relata “eu mesmo não ousaria expor uma técnica ainda inacabada e uma teoria que se encontra em mudança constante” sobre a histeria.

    Mas no caso de pacientes que ele não conseguia hipnotizar, o onanismo funcionava melhor porque relaxava a paciente histérica. No esboço de uma psicologia científica, Freud propõe o contrário da psicologia literária, o que define a ambivalência do psiquiatra.

    Onfray diz que Freud é uma ilusão dialética que reivindica, como obsessão, a celebridade e a riqueza, a glória e a reputação planetária e que sua grande paixão foi o incesto, onde ele estende seus próprios fantasmas ao universo inteiro. Ele teria apagado, deletado as provas teóricas para continuar um percurso literário. Mas o sucesso de Freud é ter feito entrar o sexo no pensamento ocidental pela porta da Europa cristã e que o texto mais célebre dele se chama “Três ensaios sobre a teoria sexual”.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

    artigo filosofia MÁRIO PINHEIRO sigmund freud

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