Vereador da Capital, deputado estadual, deputado federal e governador por dois mandatos, Zeca do PT reza pela aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Principal liderança petista no Estado, ele também admite deixar a cabeça de chapa para reforçar – como candidato a vice – a campanha de Marquinhos Trad (PSD) a governador.
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Lançada como um balão de ensaio, a proposta de construir uma chapa com Lula e Alckmin, que trocar o PSDB pelo PSB ou PSD, ganhou corpo e se transformou em um dos principais assuntos da disputa da Presidência da República em 2022.
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Católico praticante e boa penetração entre os eleitores do interior de São Paulo, Alckmin é apontado como cacife para garantir a eleição de Lula no primeiro turno. Em Mato Grosso do Sul, o tucano venceu o petista no primeiro e no segundo turno das eleições de 2006. No primeiro confronto, o ex-governador paulista ganhou de ex-presidente por 687.583 a 439.965 votos. Na etapa complementar, Alckmin teve 655.491 e Lula, 535.966. Juntos, eles conseguiram 1,127 milhão de votos em MS.
“A minha intuição, que significa minha reza, tende a dar certo. Torço par que dê certo porque é a melhor proposta para o Brasil”, afirmou Zeca, em entrevista ao Uol, sobre Lula-Alckmin. “Estou torcendo, rezando para que isso aconteça”, afirmou o ex-governador, que, por enquanto, trabalha para disputar o governo do Estado pela 4ª vez.
“Eu sou totalmente favorável do Geraldo ser vice de Lula. Ele é um grande homem público e agregaria muito a nossa campanha. Já fomos adversários ferrenhos, porém na política é assim, o inimigo de ontem, pode ser seu aliado de hoje. O cenário catastrófico desenhado pelo bolsonarismo, nos faz sermos menos individualistas”, ressaltou Zeca em entrevista ao Campo Grande News.
Ainda ao Uol, ele disse que o PT de São Paulo deveria se somar ao projeto conspirando-se ao desafio pela frente. O desafio citado é a disputa com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que caiu nas pesquisas, mas conta com a máquina federal para reagir até outubro de 2022. Além de lançar o novo programa social, o Auxílio Brasil, Bolsonaro aposta no apoio do Centrão para chegar ao segundo turno e se reeleger.
“Pode ter um ruído mais a esquerda, mas acho que temos que dar um voto de confiança ao companheiro Lula e a dimensão que tem com a candidatura dele”, avaliou o petista.
Outra declaração de Zeca também sinaliza para uma reviravolta na sucessão estadual. Ele admite abrir mão da candidatura para ser vice na chapa de Marquinhos. O prefeito da Capital poderia contar com o apoio do PT, que terá o maior tempo de televisão e participação no fundo especial das eleições do próximo ano. Lula passou a liderar as pesquisas no Estado, de acordo com o IPR.
Esta pode ser a primeira vez em mais de três décadas que o PT não teria candidato próprio ao Governo de MS.
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