No artigo “7 a 1: Angela Merkel e sua lição para a elite brasileira”, o economista e ensaísta Albertino Ribeiro recorre ao exemplo da primeira-ministra alemã para criticar a elite brasileira de ser contra ajudar os mais pobres. Ele também critica o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a direita brasileira, que não gostam destinar parte do orçamento para o social.
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“Contrapondo-se ao pensamento que domina o cérebro reptiliano da elite brasileira, a estadista serve de exemplo, pois, mesmo sendo de direita – do partido da União Democrata-Cristã – , a primeira ministra, que é também cientista, nunca foi contra as políticas sociais do Estado alemão que, diga-se de passagem, é bem generosa e representa 25,1% do PIB”, pontua.
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Mesmo sendo a favor do novo valor do Bolsa Família, que será de R$ 400 e mudará para Auxílio Brasil, ele critica o ministro da Economia. “É asqueroso ver a demagogia da pessoa que, sabidamente odeia os pobres, fingindo ir contra suas convicções ideológicas (austeridade fiscal e ausência do Estado), apresentando-se como defensor do combate à pobreza. Suas palavras vazias, não conseguiram disfarçar que a finalidade do auxílio é meramente eleitoreira”, frisou.
E para concluir, Ribeiro cita uma frase do Papa Francisco, de que cuidar dos pobres é o centro do Evangelho e não coisa de comunista.
Confira o artigo:
“7 a 1: Angela Merkel e sua lição para a elite brasileira
Albertino Ribeiro
Na última sexta-feira, a primeira ministra alemã, Angela Merkel, foi homenageada em reunião na cúpula Europeia. Homenagem justa para uma líder que se despede do comando da Alemanha depois de 16 anos, deixando o país europeu em lugar de destaque, sendo a maior economia da Europa e a 4ª maior do planeta.
Contrapondo-se ao pensamento que domina o cérebro reptiliano da elite brasileira, a estadista serve de exemplo, pois, mesmo sendo de direita – do partido da União Democrata-Cristã – , a primeira ministra, que é também cientista, nunca foi contra as políticas sociais do Estado alemão que, diga-se de passagem, é bem generosa e representa 25,1% do PIB.
Como se não bastasse o investimento social dentro de suas fronteiras, no advento da crise dos refugiados, a cientista fervorosa também foi a primeira líder europeia a aceitar a imigração dos refugiados, mostrando que ter gesto humano não é ser comunista, mas é uma atitude cristã; algo diametralmente oposto ao pensamento daqueles que ocupam as cadeiras de Brasília cujas ações se assemelham mais a Mefistófeles.
Recentemente, assistimos ao pronunciamento que o ministro Paulo Guedes fez para defender o valor de R$ 400 do novo Bolsa Família (Auxílio Brasil). Não tenho nada contra o valor; entendo que nesse momento em que as pessoas estão catando comida no lixo para sobreviver, toda ajuda é bem-vinda.
Entretanto, é asqueroso ver a demagogia da pessoa que, sabidamente odeia os pobres, fingindo ir contra suas convicções ideológicas (austeridade fiscal e ausência do Estado), apresentando-se como defensor do combate à pobreza. Suas palavras vazias, não conseguiram disfarçar que a finalidade do auxílio é meramente eleitoreira.
Já passou a hora de a direita brasileira ser mais pragmática e deixar de ser mesquinha. Incluir o pobre na equação é fundamental para a sobrevivência do capitalismo. Foi dessa forma que a direita alemã sempre agiu, dando o exemplo a ser seguido.
“Cuidar dos pobres, estar com eles, não é ser comunista, este é o centro do evangelho: seremos julgados por isso”. “