O MDB lançou a base do programa de Governo, mas adiou o lançamento da pré-candidatura a presidente da República da senadora Simone Tebet. A oficialização do nome da sul-mato-grossense estava prevista para este mês e tinha o objetivo de lhe dar tempo para ganhar visibilidade para se cacifar para ser o nome da 3ª via.
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No entanto, conforme o jornalista Igor Gadelha, do site Metrópoles, o partido não desistiu da candidatura de Simone para disputar a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Agora, a sigla cogita lança-la após o fim da CPI da Covid do Senado, que deverá ocorrer no mês de novembro deste ano.
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Inicialmente, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, cogitava lançar o plano de Governo e oficializar o nome de Simone neste mês. O programa denominada “Todos por um Brasil só” foi lançado na quarta-feira passada (25) em Brasília (DF) com a presença do ex-presidente Michel Temer. Ele retornou a capital federal pela primeira vez desde que deixou o Palácio do Planalto.
No documento lançado pela Fundação Ulisses Guimarães, o partido se propõe a ser a terceira via e põe Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como extremos. “Os extremos representam um perigo real para a democracia, perigo esse que está cada vez mais presente. Extrema direita e setores da esquerda defendem, claramente, ideias antidemocráticas”, pontua.
Contudo, o partido não detalhas as medidas que serão defendidas por Simone em eventual campanha à presidência da República. “Não propomos aqui detalhamento das medidas, mas caminhos que sinalizem para um futuro melhor”, justifica.
“Um governo funcional, fundado na competência, na execução e no manejo honesto e criterioso dos recursos públicos que são, de fato, dos cidadãos e empresas, daqueles que pagam impostos e contribuições”, propõe. O engraçado é que Temer, a estrela do lançamento, foi preso por corrupção após deixar o cargo e ainda chegou a ser alvo de duas denúncias por corrupção.
O emedebista chegou a ser gravado por Joesley Batista, dono da JBS, no qual concordava com a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado a mais de 14 anos por corrupção na Operação Lava Jato. Um deputado chegou a ser flagrado pela Polícia Federal levando R$ 500 mil em uma mala, supostamente propina paga pela JBS ao então presidente da República.
“Urge uma Reforma Tributária que pense no contribuinte e no consumidor, base mesma da cidadania”, defende o partido. O documento tem 36 páginas e não cita o nome de Simone Tebet.
De acordo com Gadelha, o MDB tem aprovado o desempenho da senadora na CPI da Covid. Como líder da bancada feminina no Senado, Simone tem ganhado destaque nacional ao expor contradições e arrancar revelações durante os depoimentos.
A ex-prefeita de Três Lagoas, ex-deputada estadual e ex-vice-governadora de Mato Grosso do Sul está no primeiro mandato de senadora e não conseguiu realizar o sonho de repetir da trajetória do pai, senador Ramez Tebet, que era se eleger presidente do Senado. Em 2022, ela encerra o mandato e poderá disputara reeleição ou a presidência da República.
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, está em pré-campanha para ser o candidato a presidente. No entanto, ele ainda não foi oficializado pelo DEM. O Democratas promete anunciar o sul-mato-grossense oficialmente como o seu nome na disputa da eleição presidencial no mês de setembro.