Os percentuais irrisórios nas pesquisas não desanimaram o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que não desistiu do sonho de disputar a presidência da República em 2022. Em agosto, ele planeja seguir o exemplo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e iniciar uma maratona de viagens pelos estados do Nordeste.
[adrotate group=”3″]
O médico campo-grandense vai iniciar o tour pela Bahia. A primeira parada será em Salvador, administrada por Bruno Reis (DEM). A capital baiana se transformou em reduto dos Democratas e já foi comandada pelo presidente nacional do DEM, ACM Neto.
Veja mais:
Mandetta fica em 4º lugar e bate Datena e candidatos a presidente do PSDB em 2022, diz XP/Ipesp
Dois presidenciáveis de MS: Simone pode ser anunciada em agosto e Mandetta em setembro
Mandetta tem 1% e perderia no 2º turno para Lula por 60% a 12%, diz pesquisa do DEM
A próxima cidade a receber Mandetta será Feira de Santana. O prefeito da cidade, Colbert Martins (MDB), é médico. Outras cidades baianas vão receber o ex-ministro. Depois, ele já tem compromissos agendados com profissionais de saúde e do DEM em Recife (PE) e na Paraíba.
Oscilando entre 1% e 4% nas pesquisas para presidente da República, Mandetta busca ter maior viabilidade eleitoral para ser o nome da 3ª via. Além do ex-ministro, o grupo de pré-candidatos conta com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O ex-juiz chegou a desistir da disputa e até se mudou para os Estados Unidos, mas voltou a cogitar ser candidato pelo Podemos em 2022.
O objetivo do DEM, PSDB e Podemos é encontrar um novo para ser opção a Lula e Jair Bolsonaro (sem partido), que lideram as pesquisas e estão polarizando a disputa até o momento. Mesmo com menos de dois dígitos nas pesquisas, Mandetta avalia que o brasileiro não quer votar no petista nem no atual presidente em 2022.
O ex-ministro passou a contar com um adversário em casa na disputa para ser o nome da 3ª via. O MDB passou a apostar as fichas no lançamento da senadora Simone Tebet para disputar a presidência da República. Nos últimos meses, a emedebista vem ganhando os holofotes ao participar da CPI da Covid no Senado, mesmo não integrando a comissão. Simone tem o aval do ex-presidente Michel Temer, que foi alvo de dois denúncias por corrupção no exercício do mandato no Supremo Tribunal Federal e chegou a ser gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, dando aval para comprar o silêncio e evitar a delação premiada do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.