Pesquisa encomendada pelo Democratas, partido de Luiz Henrique Mandetta, revela que o ex-ministro da Saúde não embalou e está perdendo força junto ao eleitorado brasileiro. No cenário principal, ele obteve apenas 1% e perderia de lavada no eventual segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 60% a 12%. Jair Bolsonaro (sem partido) derrotaria o ex-aliado por 29% a 24%.
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O levantamento foi realizado com 1,5 mil eleitores em todo o País pelo Instituto Ipsos nos meses de maio e junho deste ano. Entre os pré-candidatos da 3ª via, Mandetta fica atrás dos principais concorrentes, como o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (sem partido), com 5%, do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 4%, do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2%.
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No cenário de primeiro turno, Lula fica em primeiro, com 48%, seguido por Bolsonaro, com 22%, e seguido pelo restante. Mandetta obteve 1%, mesmo índice do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e ex-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), e do banqueiro Amoedo (Novo).
Os números mostram que a população perdeu o encanto pelo ex-ministro da Saúde. Em abril do ano passado, quando teve o trabalho a frente do ministério considerado ótimo e bom por 76% dos brasileiros, Mandetta chegou a pontuar acima de 5% nas simulações visando as eleições presidenciais de 2022.
Apesar dele ter mantido a metralhadora contra Bolsonaro pelas ações adotadas para combater a pandemia da covid-19, mesmo com as falhas na vacinação, Mandetta não conseguiu se apresentar ao eleitorado como o adversário do bolsonarismo.
De acordo com a pesquisa, divulgada pela revista Veja, Lula derrotaria Mandetta no segundo turno por 60% a 12%. O índice só é melhor que o eventual confronto entre o petista e o senador Tasso Jereissati (PSDB), 60% a 9%. Lula venceria Bolsonaro por 58% a 25% e também ganharia de Ciro (57% a 14%).
O presidente da República venceria Mandetta no hipotético segundo turno pelo placar de 29% a 24%. Mais confortável seria a vitória sobre Tasso, 31% a 20%. Ciro Gomes venceria Bolsonaro por margem apertada, 30% a 29%. A situação se repete com Moro, que venceria por 29% a 27%.
De acordo com a sondagem, Bolsonaro é o nome mais rejeitado entre todos os outros postulantes. Enquanto 59% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no atual presidente, 33% não votariam em Lula. A rejeição de Mandetta é de 47%, mesmo índice de Moro. Ciro não teria o voto de 45% dos eleitores.
A assessoria do DEM confirmou que a pesquisa é levantamento interno feito com objetivo e municiar os dirigentes com informações do cenário eleitoral. Com candidato com 1%, a sigla pode descartar candidatura própria a presidente da República para priorizar a eleição de integrantes para a Câmara dos Deputados e Senado, que garantem tempo de televisão e recursos do fundo eleitoral e partidário.