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    Opinião

    Economista lamenta privatização da Eletrobrás e diz que energia é estratégico em vários países

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt23/05/20215 Mins Read
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    No artigo “Privatização da Eletrobrás: Quando uma teoria apaga a esperança de um país”, o ensaísta e economista Albertino Ribeiro condena a privatização da estatal brasileira, que teve lucro de R$ 6,4 bilhões em 2020. Ele destaca que a energia é considerado serviço estratégico em vários países, inclusive Estados Unidos.

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    “O resultado da votação da MP é mais um sintoma do neoliberalismo predador e irresponsável que se apoderou do ideário das elites brasileiras desde os anos 90”, diz.

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    “Ao negar a existência da sociedade, canonizando o indivíduo e seus interesses, abre-se caminho para um verdadeiro darwinismo social, teoria defendida por Herbert Spencer (1820-1903). O referido filósofo e Antropólogo defendia em seus estudos a aplicação da teoria da evolução em todos os níveis da atividade humana. Foi Spencer, inclusive, que criou o termo ‘sobrevivência do mais apto’”, comenta.

    Confira o artigo:

    “Privatização da Eletrobrás: Quando uma teoria apaga a esperança de um país

    Albertino Ribeiro

    Com 313 votos a favor e 166 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira, 19/05, a Medida Provisória 1031/21 que abre caminho para a privatização da Eletrobrás.

    A estatal brasileira é a maior empresa de energia elétrica da América Latina; ano passado teve lucro de R$ 6,4 bilhões, o que desmente seus detratores que vivem a dizer que a empresa é um peso no orçamento do governo. Ademais, o grau de endividamento da empresa, medido pelo índice de alavancagem, é um dos mais baixos (1,8) enquanto os índices das demais empresas que atuam no setor é de 3 e 5.

    O setor elétrico tem um importante papel estratégico. Para termos uma ideia, na maioria dos países desenvolvidos o setor elétrico é controlado pelo Estado; até mesmo nos EUA – a meca do capitalismo – o Estado mantém o setor elétrico sob sua tutela; algumas empresas são até controladas pelas forças armadas americanas.

    Um funcionário de uma área estratégica da Eletrobras disse-me que “a privatização colocará em risco os rios e bacias hidrográficas”, pois a lógica do lucro certamente virá primeiro na hora da tomada de decisão. “Não devemos esquecer o que aconteceu com as barragens de rejeitos de Mariana e Brumadinho, ambas da Vale do Rio Doce.

    Por que a pressa de entregar uma empresa lucrativa ao mercado?

    O resultado da votação da MP é mais um sintoma do neoliberalismo predador e irresponsável que se apoderou do ideário das elites brasileiras desde os anos 90.

    A CEPA neoliberal surgiu em 1989 numa reunião em Washington/EUA e ficou conhecida como “consenso de Washington”. A reunião resultou na elaboração de documento que, em linhas gerais, recomendava a destruição do Estado na América Latina e nos demais países pobres.

    Os signatários, partindo de uma premissa binária, concluíram que o Estado é ineficiente em si mesmo e caberia somente ao mercado – com sua “capacidade de autorregulação” – o papel de promover o desenvolvimento das nações. Contudo, a receita neoliberal não surtiu o efeito esperado, e provocou virulentas crises cambiais durante toda a década de 90, inclusive, no Brasil.

    A crise russa ocorrida em 1999 deu o golpe final na ortodoxia neoliberal brasileira. Naquele período, o Banco Central vinha mantendo a taxa de juros em um patamar insano (40% a.a.) para atrair capitais com objetivo de aumentar as reservas cambiais e impedir a desvalorização do Real. Tal política de juros – acompanhada de forte ajuste fiscal e liberalização das importações – gerou recessão e desemprego.

    Uma liderança Irresponsável.

    O presidente americano Ronald Reagan e a primeira ministra inglesa Margaret Thatcher foram as principais autoridades políticas que aprovaram as medidas propostas no encontro. Sobre Thatcher (1925-2013), uma de suas frases prediletas era: “Não existe sociedade; existe indivíduos”.

    Ao negar a existência da sociedade, canonizando o indivíduo e seus interesses, abre-se caminho para um verdadeiro darwinismo social, teoria defendida por Herbert Spencer (1820-1903). O referido filósofo e Antropólogo defendia em seus estudos a aplicação da teoria da evolução em todos os níveis da atividade humana. Foi Spencer, inclusive, que criou o termo “sobrevivência do mais apto”.

    Sem dúvida, o darwinismo de Spencer é o principal substrato do pensamento neoliberal brasileiro que coloca no pobre a culpa pela sua condição. Assim sendo, seguindo esse pressuposto, o Estado não deve interferir na sociedade em busca de justiça social, pois é algo contrário a natureza. Agora você entende tanto ódio ao Bolsa Família, não é mesmo?

    O mundo imunizado; menos o Brasil.

    Depois da tragédia provocada pelo neoliberalismo no mundo, as lideranças se “vacinaram” e adotaram políticas mais pragmáticas com a compreensão que o capitalismo, quando entregue as suas leis de movimento, gera desemprego, miséria e fome. Os países nórdicos, por exemplo, nunca tiveram um pensamento maniqueísta e continuam dando exemplo de como deve ser uma economia forte e com justiça social.

    (*) Albertino Ribeiro é economista, ensaísta e analista de informações socioeconômicas do IBGE

    “A ajuda mútua entre indivíduos é tão importante para a sobrevivência quanto a competição entre grupos e espécie.” – Piotrof Kroptkin

    Contudo, a elite brasileira – com sua mente binária – ainda não se convenceu do grande engano e encontrou em Paulo Guedes, o grande vetor para aniquilar  o Estado brasileiro e, justamente, em um momento em  que a sociedade e os indivíduos de Thatcher mais precisam dele.

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