O advogado Gustavo Passarelli da Silva divulgou nota, na tarde desta terça-feira (24), para destacar que Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), provará a inocência. “Souza e Silva prestará todos os esclarecimentos necessários nos autos, comprovando a total ausência de envolvimento em qualquer ilícito e a fatos objeto de investigação da Operação Lama Asfáltica”, ressaltou.
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Ele foi alvo da Operação Motor de Lama, denominação da 7ª fase da Lama Asfáltica, que apura pagamento de propina e desvio de recursos públicos no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e nas empresas do herdeiro tucano.
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Rodrigo Silva, filho de Reinaldo foi um dos alvos da PF na Operação Motor de Lama
Além de ser alvo de mandados de busca e apreensão, Rodrigo e suas três empresas tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande. Além do escritório de advocacia, Souza Ferreira e Novaes Sociedade de Advogados, a devassa do fisco será feita na Pesados Online Propaganda e Agropecuária Taquaruçu.
“O advogado de defesa de Rodrigo Souza e Silva, Gustavo Passarelli, informa que ainda não teve acesso aos autos de busca e apreensão e ao inquérito policial. A defesa informa que não houve medida restritiva de liberdade aplicada contra seu cliente”, destacou, pondo fim aos boatos de que o filho de Reinaldo foi um dos alvos das medidas cautelares.
Não houve apreensão de dinheiro no apartamento ou nas empresas de Rodrigo. Ele só teve o telefone celular apreendido pela Polícia Federal.
A Operação Motor de Lama é decorrência, principalmente, dos materiais apreendidos na 6ª fase da Lama Asfáltica, denominada Operação Computadores de Lama, deflagrada em 28 de novembro de 2018.
A PF suspeita que o esquema de pagamento de propina pela Ice Cartões Especiais foi repassado pelo ex-secretário-adjunto estadual de Fazenda, André Cance, para o filho do governador do Estado. Ele chegou a ter a prisão preventiva decretada pela Justiça em uma das fases, mas foi liberado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Nesta fase, deflagrada hoje, o juiz decertou a prisão preventiva dos empresários João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro, João Amorim, Antônio Celso Cortez e seu filho, Antônio Celso Cortez Júnior. No entanto, em decorrência da pandemia da covid-19, eles tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como proibição de mudar de endereço e entrega dos passaportes.