A Justiça Federal agendou os interrogatórios do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e da família Mariano para concluir o segundo julgamento da Operação Lama Asfáltica. A sentença sobre a denúncia da ocultação de R$ 4,385 milhões supostamente desviados dos cofres estaduais na compra de fazenda deve ser publicada até o início do segundo semestre deste ano.
[adrotate group=”3″]
Conforme despacho do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, publicado nesta terça-feira (7), além dos réus, só faltam duas testemunhas para concluir a audiência de instrução e julgamento.
Veja mais:
Falha estratégia para anular provas e família Mariano fará tour pelo banco dos réus
Juiz descarta perícia e marca 1º julgamento por improbidade da Lama Asfáltica
Justiça Federal ouve 28 testemunhas em quatro dias no 2º julgamento da Lama Asfáltica
TRF3 mantém ações e famílias Giroto e Mariano podem perder R$ 12 milhões em fazendas
Milionários e poderosos, Giroto e Amorim comem marmitex e dividem cela com 20 há um mês
Elderson Rodrigues da Silva vai ser ouvido no dia 3 de junho deste ano, a partir das 14h, no Fórum da Justiça Federal na Capital. O depoimento de Vaino César da Silva, testemunha de João Afif Jorge, deve ser ouvido em 20 dias em Paranaíba por meio de carta precatória.
O interrogatório dos réus será na próxima semana. Giroto, o chefe de obras da Agesul, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e a esposa do servidor, Maria Helena Miranda de Oliveira, serão ouvidos na terça-feira (14), a partir das 14h.
Na quarta-feira (15), no mesmo horário, o juiz interrogará a filha e o genro de Beto Mariano, respectivamente, a médica Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, e o arquiteto João Pedro Dornellas.
Em seguida, após as oitivas das testemunhas, que devem ser concluídas no início de junho, o juiz deverá aguardar as alegações finais dos advogados de defesa e do Ministério Público Federal.
Nesta ação, os seis réus são acusados de investir R$ 4,385 milhões na compra da Fazenda Maravilha, em Corumbá. Para o MPF, o dinheiro é proveniente do esquema criminoso investigado na Operação Lama Asfática, o maior já investigado na história de Mato Grosso do Sul.
Giroto foi condenado a nove anos, dez meses e três dias na primeira sentença da Lama Asfáltica. Preso desde 8 de maio do ano passado, ele corre o risco de ser condenado pela segunda vez e estender a estadia no presídio.
O terceiro julgamento começaria no dia 23 de abril deste ano e seria o primeiro do ex-governador André Puccinelli (MDB) e do empresário João Amorim. No entanto, a audiência foi suspensa pelo desembargador Paulo Fontes até o TRF3 analisar o pedido do filho do emedebista, o advogado André Puccinelli Júnior, para que a ação sobre o pagamento de R$ 22,5 milhões em propinas pela JBS seja transferida para a Justiça Eleitoral.
O 4º julgamento deve ser do processo decorrente da Operação Aviões de Lama, que acusa Giroto e Amorim de venderem aeronave retirada na fase anterior, Fazendas de Lama.
Giroto, Beto Mariano e Amorim vão “celebrar” um ano de estadia no presídio nesta quarta-feira (8). O STF pode estragar a festa caso a 1ª Turma analise o recurso pedindo a revogação da prisão preventiva nesta terça-feira.
O julgamento seria virtual, mas o ministro Marco Aurélio acatou pedido da defesa e pediu destaque para que o recurso seja debatido pelos ministros. O calendário do Supremo prevê reunião da turma nesta terça e nos dias 14 e 21 deste mês.