A estratégia do PSDB de garantir a reeleição do governador no primeiro turno falhou em Mato Grosso do Sul. Contrariando praticamente todas as pesquisas, Reinaldo Azambuja (PSDB), o primeiro governador a ser alvo de operação da Policia Federal no cargo no Estado, vai enfrentar o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) no segundo turno.
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O tucano obteve 44,64% dos votos, contra 31,73% do pedetista. O crescimento na reta final dos candidatos a governador Júnior Mochi (MDB) e Humberto Amaducci (PT) surpreenderam e impediram a vitória do tucano neste domingo.
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Quatro pesquisas apontaram a vitória de Reinaldo neste domingo. O Ipems/Correio do Estado apontou o governador reeleito com 55,88% dos votos, enquanto o Ibrape arriscou 53,01% dos votos válidos. O Big Data Time Data/Record TV chutou 54%.
O Ibope/TV Morena e o Datamax/Midiamax apontaram 50%, mas o tucano obteve 44%, abaixo da margem de erro dos dois institutos. Pelo Ibope, Reinaldo poderia ter 47%, enquanto outro previa, no máximo, 48%.
Com 95,4% dos votos apurados, Reinaldo estava com 549.921 votos (44,64%), contra 390.856 votos (31,73%) de juiz Odilon.
Mochi conseguiu 145.506 votos, o que representava 11,81% do total, quase o dobro do previsto pelos institutos de pesquisa. Extremamente favorável ao emedebista, o Instituto Ranking, o único a prever segundo turno, errou feio, já que colocava Mochi com 22,08% e Odilon com 23,25%. Enquanto o deputado teve metade do previsto, o juiz teve mais de 50% do apontado.
Amaducci alcançou 121.955 votos, 9,9% do total, o dobro do apontado pelos principais institutos de pesquisa.
Marcelo Bluma (PV) sumiu no debate da TV Morena e colheu o resultado na urna, com 15.877 votos (1,29%), enquanto João Alfredo (PSOL) ficou com 7.724 (0,63%).
Reinaldo não conseguiu evitar o desgaste pela Operação Vostok, da Polícia Federal, que o acusa de receber R$ 67,7 milhões em propinas e ter causado prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos.
Primeiro governador na história do Estado a enfrentar operação de combate à corrupção, ele chegou ao pleito com R$ 277 milhões bloqueados pelo STJ.
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