A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (6), a Operação La Famiglia, contra familiares do narcotraficante Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como Major Carvalho e apontado como o “Escobar brasileiro”. Os alvos são suspeitos de participar do esquema milionário de lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas.
Conforme nota da PF, em Mato Grosso do Sul, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande e Jaraguari. Os policiais também visitaram endereços em São Paulo e São José do Rio Preto, no estado vizinho.
Veja mais:
Após virar lenda do crime organizado, Major Carvalho é preso pela 4ª vez na Hungria
Major Carvalho importou máscaras para lavar dinheiro do tráfico de cocaína, suspeita PF
Polícia apura se major Carvalho, o novo “Escobar”, comprou empresa aérea para fugir
“A investigação evidenciou a prática de atos de lavagem de dinheiro consubstanciados em negócios jurídicos fraudulentos e compra de bens imóveis e móveis, em especial fazendas, subsidiados com recursos provenientes do tráfico internacional de drogas, bem como investimentos com a finalidade de desempenhar atividade rural pecuária, visando, assim, converter os ativos ilícitos em lícitos”, apontou a PF.
Carvalho foi preso em junho deste ano pela polícia portuguesa na Hungria. Ele é acusado de comandar um dos maiores esquemas de tráfico de cocaína na Europa. O ex-militar é acusado de usar nome falso e simular a própria morte quando vivia em uma cidade paradisíaca da Espanha.
Ele foi alvo da Operação Enterprise, deflagrada pela PF em 23 de novembro de 2020, que apreendeu uma fortuna de Carvalho. “A investigação deflagrada hoje recai sobre a lavagem de dinheiro perpetrada pelo núcleo familiar do chefe do esquema delituoso desmantelado na sobredita operação, responsável pelo envio de toneladas de cocaína para a Europa”, apontou a PF.
“Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de 3 a 10 anos para cada ação perpetrada”, anotou a polícia.
O Major Carvalho comanda organização criminosa internacional, segundo a Polícia Federal: o grupo dele envia drogas de portos brasileiros (principalmente o de Paranaguá e o de Natal) para Europa, África e Ásia.