Após comemorar o lucro absurdo de R$ 106 bilhões em 2021, a Petrobras anunciou o 2º reajuste do ano nos preços dos combustíveis e vai repassar ao brasileiro o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Apesar dos esforços de Jair Bolsonaro (PL), que tentou mudar a política de preços de olho nas eleições deste ano, a estatal vai reajustar em 16,1% o preço do botijão de gás de cozinha, em 18,8% da gasolina e de 24,9% do óleo diesel.
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Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (10), a companhia anunciou o reajuste nos derivados do petróleo a partir de amanhã. A gasolina nas refinarias vai ter acréscimo de R$ 0,61, passando de R$ 3,25 para R$ 3,86. O gás de cozinha vai subir de R$ 50,18 para R$ 58,24. O reajuste vai ser mais salgado com o diesel, que terá salto de R$ 0,91, passando de R$ 3,61 para R$ 4,51.
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“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a empresa presidida pelo general Joaquim Silva e Luna.
“”Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, justificou-se.
“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou. O barril do petróleo superou US$ 130 no mercado internacional.
Como a Petrobras adota, desde a gestão de Michel Temer, a política de paridade no preço com o mercado internacional, o consumidor brasileiro sente no bolso o impacto do aumento do barril e da valorização do dólar.
Nos últimos dias, preocupado com o impacto do aumento na campanha eleitoral, Bolsonaro cogitou mudar a política de preços e barrar o aumento dos combustíveis. Em alta nas pesquisas nos últimos dias, o presidente acabou recuando da decisão, após declaração ter causado a queda das ações da petrolífera.
Em Mato Grosso do Sul, o preço da gasolina deve passar dos atuais R$ 6,436, em média conforme pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), para algo próximo de R$ 7. O menor valor na Capital pode chegar a R$ 6,80. O maior preço praticado no Estado deve chegar a R$ 7,80.
O botijão de gás de cozinha deve passar dos atuais R$ 89, o menor valor, para R$ 100. Enquanto o maior preço praticado no Estado pode passar de R$ 124 para algo em torno de R$ 145.
Os caminhoneiros vão ser mais afetados pelo reajuste desta semana. O diesel deve ter o valor médio oscilando de R$ 5,521 para R$ 6,42, enquanto o menor preço saltar de R$ 5,27 para R$ 6,17. O maior valor pode chegar a R$ 7,05.
O repasse automático dos preços do mercado internacional ao consumidor é o principal motivo dos lucros recordes da Petrobras. No ano passado, a estatal festejou o lucro de R$ 106 bilhões, um valor equivalente a cinco orçamentos de Mato Grosso do Sul.
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