O vereador Ademir Santana (PSDB) anunciou, em nota, que ficou surpreso com a prisão do assessor, Robson José Ximenes, 31 anos, com 41,5 quilos de cocaína na noite desta terça-feira (4) em Campo Grande. Ele e o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), anunciaram a exoneração imediata do funcionário do cargo.
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Ximenes foi preso por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Durante o percurso até a delegacia, ele ainda ofereceu cargo de assessor na Câmara dos Vereadores para o amigo, José Torres Júnior, 31, assumir a propriedade da cocaína, avaliada em R$ 1 milhão.
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“Tomamos conhecimento na manhã de hoje que um membro da assessoria estaria envolvido em ocorrência policial. Lamentamos o ocorrido e ficamos surpresos, mas tenho confiança no trabalho da justiça e das autoridades policiais”, afirmou Santana.
O tucano explicou que o presidente da Associação dos Moradores do Bairro São Conrado não tinha antecedentes criminais nem nada que desabonasse a sua conduta. “Sobre a pessoa de Robson, apenas podemos atestar a sua conduta enquanto assessor parlamentar e que levava diversas solicitações de melhorias para os bairros da sua região”, afirmou.
“Ao ser nomeado apresentou as certidões criminais negativas e infelizmente não podemos controlar ou conhecer as condutas particulares de cada um”, ressaltou Ademir Santana. Ele anunciou a demissão do assessor da função que lhe garantia o salário mensal de R$ 4,8 mil. “Por fim, registramos que não compactuamos com o ocorrido e todas as providências para sua exoneração já foram tomadas”, avisou.
O presidente da Câmara também anunciou, em entrevista publicada pelos meios de comunicação como Midiamax e Campo Grande News, que vai exonerar Ximenes. “O cara está aprontando, estragando o vereador e o trabalho. Não concordo. Vai ser exonerado imediatamente. Não pode acontecer, ele com cargo de assessor e aprontando rolo. Não compactuo com isso. Enquanto eu for presidente, qualquer ato desse, se o vereador não concordar, eu mesmo exonero”, disse Carlão, conforme o Midiamax.
O escândalo não é o primeiro envolvendo a Câmara de Campo Grande. No ano passado, Santana foi alvo da Operação Omertá, deflagrada pelo Garras e pelo Geaco. Ele virou réu por extorsão armada por ter ajudado os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho a extorquir um empresário da Capital.
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