O PPS vai perder vaga no primeiro escalão e um político deve substituir um técnico na Secretaria de Saúde. Além disso, o segundo mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB) contará com duas supersecretarias. Só o DEM, do vice-governador eleito Murilo Zauith, deve ganhar espaço no primeiro escalão, que será iminentemente tucano e integrado por pessoas de confiança do chefe do Poder Executivo.
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Destacado para ser a versão Carlos Marun na campanha pela prefeitura em 2016 – o candidato para atacar os adversários da tucana Rose Modesto – Athayde Neri deve perder o status de secretário. Com a extinção da Secretaria Estadual de Cultura e Cidadania, ele volta a ser presidente da Fundação de Cultura ou estará fora do novo Governo.
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A desistência da candidatura a senador se transformou em bom negócio para Eduardo Riedel, que ganha status de supersecretário com a ampliação da Secretaria Estadual de Governo. A pasta passará a contar com nove subsecretarias, ou seja, vai ter o mesmo número de pastas da atual administração.
Riedel poderá ter como subordinados o poderoso articulador político Sérgio de Paula, que ficaria encarregado pela articulação com o interior, e Carlos Alberto Assis, que tenta ganhar musculatura política para ser candidato a prefeito da Capital ou a vice-prefeito na chapa de Marquinhos Trad (PSD) nas eleições de 2020.
Assis estaria sonhando com a Secretaria de Fazenda, mas pode ser rebaixado a subsecretário. O mais cotado para comandar o fisco é o advogado tributário Felipe Mattos de Lima Ribeiro, 34 anos, que foi assessor legislativo e conta com a confiança do governador.
Murilo é outro premiado por ter aberto mão do sonho de ser senador. Aos 68 anos, o ex-prefeito de Dourados e ex-deputado federal é cotado para assumir a Secretaria Estadual de Infraestrutura, desbancando de vez Marcelo Miglioli (PSDB), que conseguiu a candidatura ao Senado, mas não combinou direito com o eleitor.
Apesar do bom desempenho na Secretaria de Saúde, Carlos Coimbra deverá ceder a vaga para o deputado federal Geraldo Resende (PSDB). Apesar de não ter sido reeleito neste ano, ele poderia assumir a vaga de Tereza Cristina (DEM), que assumirá o Ministério da Agricultura na gestão de Jair Bolsonaro (PSL).
Resende foi secretário de Saúde na gestão de Zeca do PT, cargo que abriu caminho para ser eleito deputado federal pela primeira vez em 2002. Agora, de olho na prefeitura de Dourados, um sonho que corre o risco de não realizar, ele aceitaria trocar o mandato de deputado federal pela secretaria. A sua indicação contaria com o aval do senador eleito, Nelsinho Trad (PTB), e do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que vai assumir o Ministério da Saúde.
Sem espaço no primeiro escalão, Coimbra poderia ser nomeado para comandar o Hospital Regional Rosa Pedrossian. O médico Justiniano Vavas não deve continuar no cargo no segundo mandato.
A outra supersecretaria é a Semagro, que reúne, desde março de 2017, as secretarias de Meio Ambiente, Produção, Turismo e Planejamento. Uma dos raros destaques positivos no primeiro escalão, Jaime Verruck, pode continuar na mesma função.
O Campo Grande News especulou que ele pode ser remanejado para a vaga de Carlos Alberto Assis, que passaria para função de sub.
O Detran (Departamento Estadual de Trânsito) poderá continuar com Roberto Rashioka, que assumiu após o então presidente, Gerson Claro, ser preso e afastado da função pela Justiça. A sua permanência pode estar assegurada graças ao acordo com a sua mulher, Dione Hashioka, que não conseguiu retornar à Assembleia Legislativa.
A nomeação de Geraldo Resende agrada a ex-primeira-dama de Corumbá, Bia Cavassa (PSDB), que ficou como segundo suplente na Câmara dos Deputados.
O quebra cabeças ainda precisa contemplar a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que não conseguiu a reeleição, e o senador Pedro Chaves, que espera a criação de uma agência para lhe garantir uma boquinha na nova administração. Ele espera ser contemplado por ter abandonado a campanha do juiz Odilon de Oliveira (PDT) para apoiar o tucano nas eleições deste ano.
Reinaldo deve anunciar os nomes antes do dia 1º de janeiro, quando toma posse para o segundo mandato e pretende estar com a equipe completa para iniciar o ano de 2019.
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