Os candidatos a governador e senador de Mato Grosso do Sul já arrecadaram R$ 10,8 milhões para a campanha deste ano, conforme a prestação de contas encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral. A maior receita é dos postulantes do MDB. Preso na Operação Vostok, da Polícia Federal, o advogado Rodrigo Souza e Silva, 29 anos, é o maior doador para a campanha do pai, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
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De acordo com o TSE, os candidatos a governador arrecadaram R$ 7,127 milhões até o momento. Mais da metade é da campanha de Junior Mochi (MDB), que assumiu a candidatura após o a desistência do presidente regional da sigla, o ex-governador André Puccinelli, preso na Operação Lama Asfáltica.
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O MDB conseguiu R$ 3,760 milhões, sendo R$ 2 milhões da direção nacional e R$ 1,760 milhão do diretório regional. Apesar do caixa cheio, o emedebista só teve o terceiro maior gasto da campanha, atrás de Reinaldo (R$ 2,3 milhões) e do juiz federal Odilon de Oliveira (PDT), com despesa de R$ 1,664 milhão.
Confira a receita e despesa
Júnior Mochi (MDB)
- Receita: R$ 3.760.000,00
- Despesa: R$ 1.013.354,00
Juiz Odilon (PDT)
- Receita: R$ 1.551.328,00
- Despesa: R$ 1.661.031,70
Reinaldo Azambuja (PSDB)
- Receita: R$ 1.131.500,00
- Despesa: R$ 2.307.304,85
Humberto Amaducci (PT)
- Receita: R$ 392.065,00
- Despesa: R$ 394.748,51
Marcelo Bluma (PV)
- Receita – R$ 292.193,39
- Despesa – R$ 84.680,00
João Alfredo (PSOL)
- Receita: 0
- Despesa: 0
Fonte: TSE
O candidato à reeleição arrecadou R$ 1,131 milhão até o momento, sendo R$ 1 milhão da direção nacional do PSDB. Outros R$ 131,5 mil são doações de pessoas físicas.
O maior doador é o filho do governador, Rodrigo Souza e Silva, preso na Operação Vostok acusado de ser o braço direito do pai na suposta organização criminosa acusada de receber R$ 67,7 milhões em propinas. Ele doou R$ 100 mil, conforme a prestação de contas à Justiça Eleitoral. O segundo foi Luiz Alberto Moraes Novaes, com R$ 20 mil.
Reinaldo já gastou mais de R$ 2,3 milhões até o momento, R$ 1,1 milhão a mais do que obteve até o momento.
A campanha do juiz Odilon recebeu R$ 1,551 milhão, sendo R$ 1,5 milhão da direção nacional do PDT. O diretório regional só repassou R$ 8 mil até o momento. O próprio candidato doou R$ 3 mil, enquanto o filho, o vereador Odilon Júnior (PDT), R$ 2.328.
O candidato a governador Humberto Amaducci (PT) obteve R$ 392 mil, sendo R$ 382,5 mil da direção nacional do PT. O estranho é que o petista informou a doação de R$ 5.565 da BG Studios Tecnologia. Pela legislação eleitoral em vigor, empresas não podem fazer doações para candidatos de qualquer cargo.
Marcelo Bluma (PV) informou receita de R$ 292,1 mil, enquanto João Alfredo (PSOL) não teria arrecadado, nem doado nada a si mesmo até o momento, apesar do patrimônio vultoso.
Moka arrecada mais da metade entre os candidatos a senador
Os candidatos a senador arrecadaram R$ 3,684 milhões. O maior valor foi declarado por Waldemir Moka, R$ 2,130 milhões. A eleição de senador e deputado federal é prioridade do MDB nacional.
O segundo maior valor é do ex-governador e deputado federal Zeca do PT, com receita de R$ 766,6 mil.
Três candidatos informaram não ter arrecadado um tostão: Beto Figueiró (Podemos), Anísio Guató (PSOL) e César Nicolati (PTC).
Confira a receita dos candidatos a senador:
- Moka – R$ 2.130.000,00
- Zeca do PT – R$ 766.666,66
- Marcelo Miglioli – R$ 500.000,00
- Mário Fonseca – R$ 108.000,00
- Nelsinho Trad – R$ 72.496,70
- Gilmar da Cruz – R$ 43.450,00
- Sérgio Harfouche – R$ 36.160,00
- Thiago Freitas – R$ 17.064,00
- Soraya Thronicke – R$ 8.700,00
- Dorival Betini – R$ 2.000,00
Fonte: TSE
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