Os principais candidatos a deputado estadual já arrecadaram R$ 7,821 milhões nas eleições deste ano, conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sem a ajuda das empresas, que estão proibidas de fazer doação, e o fracasso das “vaquinhas”, os candidatos foram obrigados a tirar R$ 2,474 milhões do próprio bolso.
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Como não é possível pesquisar a receita total dos 355 inscritos para disputar as 24 vagas na Assembleia Legislativa, O Jacaré checou as prestações de contas parciais dos principais nomes. Por bancada, os maiores valores foram arrecadados pelo PSDB (R$ 1,699 milhão) e MDB (R$ 1,660 milhão).
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Cotado para ser o campeão de votos, o empresário Jamilson Name (PDT) apresentou a maior receita, R$ 723.310. De acordo com o TSE, R$ 600 mil são do próprio bolso. Outros R$ 100 mil são da tia, a empresária Reni Domingos, esposa do senador Pedro Chaves (PRB).
A diferença é expressiva em relação à segunda maior receita no partido, o ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi, que declarou R$ 107,1 mil, sendo R$ 65 mil recurso próprio.
Na mesma coligação, o PRB já arrecadou R$ 744,8 mil. Sem nenhum deputado, o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus está apostando em quatro candidatos. No entanto, a preferida é a administradora Gilsy Arce, que conta com R$ 446.589, sendo R$ 445 mil da direção nacional do PRB.
O terceiro maior orçamento é do deputado estadual Márcio Fernandes (MDB) – com R$ 400 mil – dos quais R$ 250 mil saíram do próprio bolso. Entre os emedebistas, o ex-prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, arrecadou R$ 285 mil, dos quais R$ 30 mil são próprios.
O deputado Eduardo Rocha, líder do MDB, declarou R$ 270 mil, sendo que R$ 70 mil foram doados pela sogra, Fairte Nassar Tebet. Mãe da senadora Simone Tebet (MDB), ela recebe pensão de R$ 32,5 mil pelo marido, Ramez Tebet ter governado o estado por menos de um ano.
O vereador Loester Nunes, o Dr. Loester (MDB), está disposto a se tornar deputado estadual. Dos R$ 220 mil obtidos até o momento, R$ 130 mil são recursos próprios.
Condenado por receber sem cumprir a jornada de trabalho no posto de saúde do distrito de Aguão, o deputado estadual Paulo Siufi declarou R$ 200 mil, todo o dinheiro proveniente da campanha do senador Waldemir Moka (MDB).
No ninho tucano, a maior arrecadação é do novato Paulo Corrêa, que deixou o PR após a direção nacional intervir em favor de Edson Giroto. Ele declarou R$ 300,2 mil, dos quais R$ 85,8 mil são recursos próprios.
O ex-deputado federal e radialista de Dourados, Marçal Filho (PSDB) declarou receita de R$ 270 mil, sendo R$ 200 mil são provenientes do próprio bolso. Outros dois tucanos decidiram investir R$ 100 mil na própria campanha, Felipe Orro (R$ 213,3 mil no total) e Enelvo Felini (R$ 115,1 mil no total).
A ex-deputada estadual Dione Hashioka (PSDB) arrecadou R$ 221,1 mil para tentar retornar ao legislativo. Além da direção nacional,que lhe enviou R$ 150 mil, o marido, o atual presidente do Detran, Roberto Hashioka, doou R$ 10 mil.
Entre os candidatos do PP, o maior valor arrecadado é do ex-presidente do Detran, Gerson Claro Dino, que declarou R$ 310,6 mil. Ele investiu R$ 100 mil na própria campanha. Demitido do órgão após ser preso na Operação Antivírus e réu por peculato e organização criminosa, ele poderá obter foro privilegiado ao ser eleito deputado estadual.
Preso por cinco dias na Operação Vostok, que apura esquema criminoso e prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres públicos, o primeiro secretário da Assembleia, deputado estadual Zé Teixeira (DEM), arrecadou R$ 302,9 mil, sendo R$ 200 mil do próprio bolso.
O colega de partido e ex-secretário estadual de Segurança, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, obteve mais, R$ 386,7 mil. O maior doador é o empresário douradense Peter Ferter (R$ 150 mil), seguido pelo próprio deputado (R$ 120 mil).
Sorte teve o empresário Cláudio Cavol (PSC), que ensaiou disputar o Governo e acabou saindo a deputado estadual. Ele obteve R$ 370 mil da direção nacional, dez vezes mais que o valor declarado pelo candidato a senador, o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (PSC), com R$ 36,1 mil.
No PT, a maior receita é do deputado estadual Pedro Kemp, que já conseguiu R$ 160.756. Deste total, R$ 106,8 mil são provenientes do próprio bolso.
Depois da experiência de 121 dias no Senado e ficar em quarto lugar na disputa do cargo de senador em 2014, o empresário e um dos donos do Correio do Estado, Antônio João Hugo Rodrigues (PTC) investiu R$ 160 mil em recursos próprios para conquistar uma vaga de deputado estadual.
As arrecadações dos candidatos a deputado estadual
- Jamil Name (PDT) – R$ 723.310 (R$ 600 mil próprio)
- Gilsy Arce (PRB) – R$ 446.589
- Márcio Fernandes (MDB) – R$ 400.000 (R$ 250 mil próprio)
- Barbosinha (DEM) – R$ 386.795 (R$ 120 mil próprio)
- Cláudio Cavol (PSC) – R$ 370.000
- Gerson Claro Dino (PP) – R$ 310.627 (R$ 100 mil próprio)
- Zé Teixeira (DEM) – R$ 302.951 (R$ 200 mil próprio)
- Paulo Corrêa (PSDB) – R$ 300.220 (R$ 85,8 mil próprio)
- Paulo Duarte (MDB) – R$ 285.004 (R$ 30 mil próprio)
- Onevan de Matos (PSDB) – R$ 272.087 (R$ 95 mil próprio)
- Marçal Filho (PSDB) – R$ 270.000 (R$ 200 mil próprio)
- Eduardo Rocha (MDB) – R$ 270.000
- Mara Caseiro (PSDB) – R$ 225.000
- Dione Hashioka (PSDB) – R$ 221.162
- Felipe Orro (PSDB) – R$ 213.350 (R$ 100 mil próprio)
- Renato Câmara (MDB) – R$ 225 mil
- Dr. Loester (MDB) – R$ 220.000 (R$ 130 mil próprio)
- Dr. Paulo Siufi (MDB) – R$ 200.O00
- Herculano Borges (SD) – R$ 170.000 (R$ 80 mil próprio)
- Londres Machado (PSD) – R$ 165.126
- Pedro Kemp (PT) – R$ 160.756 (R$ 106.800 próprio)
- Antônio João (PTC) – R$ 160.000 (tudo próprio)
- Professor Rinaldo (PSDB) – R$ 144.401 (R$ 40 mil próprio)
Fonte: TSE