O empresário Humberto Sávio Abussafi Figueiró, o Beto Figueiró (Novo), 56 anos, promete uma “revolução” na educação caso seja eleito prefeito de Campo Grande nas eleições de outubro deste ano. Em um ambiente de polarização política, o pré-candidato diz ser o único representante da direita entre os postulantes na Capital.
Figueiró foi candidato a vice-governador, em 2022, e a senador, em 2018; no entanto, como jamais exerceu um cargo público, o representante do partido Novo afirma que seu diferencial em relação aos adversários é não ser um político “profissional”. Ele garante que a experiência de décadas como advogado, pecuarista, empreendedor do ramo imobiliário, e professor universitário, o gabaritaram para ser chefe do Executivo.
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“Sou advogado há 30 anos, empresário do ramo imobiliário, em uma atividade transgeracional, há mais de 130 anos, professor universitário, pecuarista, ou seja, tenho muita experiência de vida, que me possibilitam a administrar Campo Grande; principalmente se compararmos com o currículo dos últimos prefeitos”, defende Figueiró.
Sobrinho do ex-deputado e ex-senador Ruben Figueiró, o pré-candidato diz que o Novo possui um apoio aos mandatários, com a transferência de conhecimento e experiência de onde sua administração está em andamento, no governo de Minas Gerais, com Romeu Zema, e na prefeitura de Joinville (SC), com Adriano Silva.
Beto Figueiró acredita que o principal problema da atual gestão da prefeitura de Campo Grande é a “forma com que a cidade trata seu povo, sobretudo nossas crianças”. “Elas estão sendo condenadas a não terem acesso a um mercado de trabalho cada vez mais exigente de conhecimento”, critica o empresário.
Diante disso, o professor promete revolucionar a educação na Capital, transformando as escolas em centros de convivência em tempo integral.
“Em primeiro lugar, quero fazer uma revolução na educação, oferecendo um cuidado pleno a nossas crianças, transformando as escolas em centros de convivência, com aulas em período integral e alimentação de altíssima qualidade (sete refeições), traremos os profissionais da saúde (médicos, dentistas, enfermeiros) para dentro desses centros, invertendo a lógica do atendimento, dando ênfase na prevenção e profilaxia”, explica.
O empresário diz que para viabilizar o custeio da máquina pública e a realização de investimentos vai combater o inchaço da folha salarial do município. “Campo Grande possui um exército de comissionados, a serviço da perpetuação no poder”, dispara.
Sobre o compartilhamento de experiência com outras administrações do Novo, Figueiró pretende usar projeto de Joinville, onde o prefeito teve aprovação média de 93%, em dezembro de 2023.
“Paralelamente, universalizarmos o saneamento básico. Pretendemos implantar as Vilas da Saúde, a exemplo de Joinville, onde a pessoa tem um atendimento completo, desde a consulta, exames, retorno e medicação no mesmo atendimento”, relata o pré-candidato de Campo Grande.
“Na segurança, a ideia é investir massivamente na inteligência, e no preparo do efetivo”, aponta Beto Figueiró, sobre como vai agir a Guarda Civil Metropolitana.
Conservador, Beto Figueiró se vê como único representante da direita na disputa pela prefeitura da Capital, uma vez que acredita que o partido de Jair Bolsonaro, o PL, não indicará um candidato próprio. Sobre a expectativa de o ex-presidente apoiar a prefeita Adriane Lopes (PP), o empresário afirma que isso seria uma “uma apunhalada nas costas” dos bolsonaristas.
“Se isso acontecer será uma apunhalada nas costas da direita, pois ela [Adriane] e o marido [deputado estadual Lidio Lopes] pediram votos para o PT nas últimas eleições, enquanto nós abandonamos nossas vidas para lutar pelo presidente [Bolsonaro]”, relata Figueiró.
“No último pleito, a senadora Tereza Cristina foi determinante para conduzir o Bolsonaro à neutralidade no segundo turno, e o resultado foi que perdemos as eleições para a dobradinha PT/PSDB, aqui e em Brasília”, avalia.
“Agora a direita acordou! Não aceitaremos tingir a prefeita de verde e amarelo!”, declara.
Entretanto, o empresário e pecuarista diz que o Brasil é um país “desigual e miserável”. “Por isso, mesmo sendo de direita, não podemos tirar o cuidado dos mais vulneráveis do foco”, pondera Beto. “Entretanto, pensamos que, ‘não é enfraquecendo o forte que se fortalece o fraco’”, finaliza Figueiró, parafraseando Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos entre 1981 e 1989.