Investigada pela PF por pagar propina, empresa ganha contrato de R$ 1,6 mi com a Fazenda
A PSG Tecnologia Aplicada, investigada pela Polícia Federal por pagar propina a agentes públicos, ganhou uma licitação e assinou contrato de R$ 1,629 milhão com a Secretaria Estadual de Fazenda. É mais um contrato milionário que o grupo conquista na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
Conforme o extrato publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (23), a Sefaz contratou a PSG para desenvolver e implantar o portal da Agência Virtual de Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Ela venceu o Pregão Eletrônico 016/2022.
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O contrato assinado pelo secretário estadual de Fazenda, Luiz Renato Adler Ralho, e Renato Dáquila Filho, prevê a execução do serviço no prazo de 12 meses. Além de implantar o novo site, a empresa deverá dar suporte no período.
A PSG Tecnologia Aplicada pertence ao empresário Antônio Celso Cortez, que virou réu junto com o empresário João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro, por evasão de divisas. Eles também tiveram os bens bloqueados em ações por corrupção pela Justiça estadual e federal.
A empresa foi alvo da Operação Lama Asfáltica. Conforme a PF, a PSG teria sido usada pela ICE Cartões Especiais para pagar propina aos agentes públicos em troca do contrato milionário com o Detran. Na gestão de André Puccinelli (MDB), os pagamentos seriam feitos ao ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Luiz Cance. Já na era tucano, o pagamento teria passado, segundo a investigação, ao advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do governador de MS.