Levada a uma delegacia da Polícia Civil acusada de omissão de socorro na noite de Ano Novo, uma coordenadora administrativa da UPA Universitário ingressou com queixa-crime por calúnia e imputação falsa de crime contra o vereador Tiago Vargas (PSD). Ela quer a condenação do parlamentar a pena de até dois anos de reclusão, conforme estabelece o Código Penal.
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Na noite do dia 1º de janeiro deste ano, Tiago foi conferir pessoalmente queixa de usuários da Unidade de Pronto Atendimento, de estava faltando médico e havia demora no atendimento. Ele transmitiu todo o tumulto pelas redes sociais.
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Conforme o vereador, uma pessoa estava passando mal e ele foi cobrar o atendimento imediato da coordenação da UPA. O vereador acionou a Polícia Militar, que acabou conduzindo a funcionária até a delegacia, onde foi feito boletim de ocorrência. Além da omissão de socorro, o parlamentar afirmou que houve desacato.
No dia 30 do mês passado, a enfermeira Cláudia de Matos Gonçalves ingressou com queixa-crime contra Tiago por calúnia e por falsa imputação de crime. “Ocorre que, mesmo com a explicação da querelante quanto ao fluxo da unidade, bem como o funcionamento no atendimento naquele dia que tratava-se do primeiro dia do ano, especialmente, que ela ocupava somente a função de enfermeira administrativa, naquele plantão, e não enfermeira de atendimento direto a paciente, mesmo assim foi acusada de praticar omissão de socorro”, afirmou o advogado Márcio Souza de Almeida.
“Malgrado com a clara e exata explicação ao querelado, o mesmo insistiu no ato, acionando a Polícia Militar e indo até a delegacia da Polícia Civil registrando ocorrência pela omissão de socorro e ameaça, embora com a ciência e conhecimento de que a querelante não cometeu qualquer desses crimes”, destacou o defensor.
O processo foi distribuído para o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. O vereador é alvo de outra queixa-crime, protocolada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que o denunciou por calúnia e difamação após ser chamado de “bandido, corrupto e canalha”.
O processo do governador está concluso para a sentença nas mãos da juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande.
Sobre a ação da enfermeira, Vargas afirmou que não tinha conhecimento. No entanto, ele destacou que a profissional está no seu direito de recorrer à Justiça.