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    Opinião

    Artigo aborda dois mitos gregos e uma verdade parecida com a política brasileira

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt25/06/20225 Mins Read
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    No artigo “Dois mitos e uma verdade”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro aborda dois personagens da mitologia grega que mostram a moral da história da vida dos homens. Um era tirano e fez de tudo para se perpetuar no poder e impedir a vitória dos adversários para não ser preso. O outro representava a esperança do povo.

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    “A mitologia grega nos apresenta o personagem Sísifo, explorado pelo filósofo franco-argelino Albert Camus. Há episódios trágicos da Grécia que revelam a moral da história na vida dos homens”, pontua.

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    “Sísifo, por exemplo, pertencia à casta dos deuses do Olimpo. Ele casou-se com Pleiáde e teve quatro filhos, Almos, Glaucos, Ornython e Thersandros, os quais sempre os chamava pelo nome. Sísifo não deu fraquejada, mas seu reinado sobre Corinto foi um desastre”, conta.

    “Sua reputação é má, ladrão insolente aos olhos dos deuses. Os filhos, educados ao lado das armas mais diabólicas, seguindo a ideologia racista e misógina do pai, também vestiram o manto de púrpura do palácio como se fossem o novo Calígula”, afirma.

    Em determinado trecho, o filósofo faz paralelo com a realidade da política brasileira. “Mas ele não impôs sigilo sobre seus atos, não protegeu seus filhos da justiça grega, trocando procuradores e substituindo delegados da Polícia Federal. Sísifo se via no papel de intocável, inatingível. Ele era rei de Corinto, abusava de seu poder e achava que se perdesse o foro privilegiado iria pagar por seus crimes na cadeia”, narra.

    “Por causa de Sísifo, a terra havia se tornado sombria, estranha, tenebrosa, sem esperança. O povo pedia a volta de Demétrius. Ora, Demétrius havia se tornado ideia, como Platão, um ideal imortal de justiça e distribuição da paz, de lar aos pobres de seu tempo”, destaca.

    Confira a íntegra do artigo:

    “Dois mitos e uma verdade

    Mário Pinheiro, de Paris

    A mitologia grega nos apresenta o personagem Sísifo, explorado pelo filósofo franco-argelino Albert Camus. Há episódios trágicos da Grécia que revelam a moral da história na vida dos homens.

    Sísifo, por exemplo, pertencia à casta dos deuses do Olimpo. Ele casou-se com Pleiáde e teve quatro filhos, Almos, Glaucos, Ornython e Thersandros, os quais sempre os chamava pelo nome. Sísifo não deu fraquejada, mas seu reinado sobre Corinto foi um desastre.

    Sua reputação é má, ladrão insolente aos olhos dos deuses. Os filhos, educados ao lado das armas mais diabólicas, seguindo a ideologia racista e misógina do pai, também vestiram o manto de púrpura do palácio como se fossem o novo Calígula.  

    Enquanto alguns pesquisadores da mitologia dizem que ele era ambicioso, hipócrita, larápio que devastou a região do Ártico, outros afirmam que Sísifo cometeu o sacrilégio de revelar segredos dos imortais aos homens.

    Mas ele não impôs sigilo sobre seus atos, não protegeu seus filhos da justiça grega, trocando procuradores e substituindo delegados da Polícia Federal. Sísifo se via no papel de intocável, inatingível. Ele era rei de Corinto, abusava de seu poder e achava que se perdesse o foro privilegiado iria pagar por seus crimes na cadeia.

    Zeus ordenou Hades, deus dos infernos, de receber Sísifo e de lhe imputar uma pena, mas, muito esperto e astucioso, ele inventou que estava doente, consequência de uma falsa facada recebida na ilha de Creta.

    Neste interim, os amigos de Sísifo armaram uma cilada para prender Demétrius, que deveria ser levado ao trono de Corinto. Demétrius era acusado, sem provas, apenas por convicções, de coisas abomináveis.

    Por causa de Sísifo, a terra havia se tornado sombria, estranha, tenebrosa, sem esperança. O povo pedia a volta de Demétrius. Ora, Demétrius havia se tornado ideia, como Platão, um ideal imortal de justiça e distribuição da paz, de lar aos pobres de seu tempo.

    A punição de Sísifo era empurrar a pedra redonda do pé da montanha até o topo. Por cansaço, quando ele parava, a pedra rolava ladeira abaixo e ele deveria começar tudo de novo. Para Camus, a interrogação paira sobre o absurdo e o desumano.

    Mas Sísifo, enquanto rei e membro da corte dos deuses, era favorável à tortura de seus opositores, mentia e fez de seu reinado uma catástrofe. A pena estava à altura de seus (des) valores e de sua moral descabida de justiça.

    Sísifo repousa na mitologia grega como o exemplo de quem ocupou o mais alto cargo político e, julgado, teve de pagar pelos crimes de abuso, roubo e tráfico de influência.

    Demétrius é a figura que traz os traços de mãe acolhedora, de coração cortado pela ternura, da terra que frutifica e divide o pão aos famintos”.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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