Considerado uma lenda do crime organizado, acusado de chefiar uma das maiores organizações criminosas do mundo, o ex-policial militar Sérgio Roberto Carvalho, o Major Carvalho, 63 anos, foi preso pela Polícia Judiciária de Portugal na Hungria. Esta é a 4ª vez que o narcotraficante, apelidado de “Escobar brasileiro” pela suposta estrutura montada para o tráfico internacional de drogas, é preso.
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Ex-comandante da Companhia de Polícia de Trânsito de Campo Grande, atual Batalhão de Trânsito, Major Carvalho foi preso pela primeira vez em 1997 com uma carga de cocaína. Ele foi condenado e ficou detido por vários anos. Apesar do crime, ele chegou a receber aposentadoria de R$ 11 mil paga pelo Governo do Estado.
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Ele voltou ao noticiário ao ser acusado de chefiar umas das organizações criminosas que explorava a jogatina em Mato Grosso do Sul em 2009. Na ocasião, ele chegou a ser alvo da Polícia Federal e do Gaeco.
O Major Carvalho voltou aos holofotes com a Operação Interprise, da Polícia Federal, que o apontou como o chefe de uma megaorganização criminosa. Conforme a investigação, a quadrilha chefiada pelo sul-mato-grossense teria exportado R$ 2 bilhões em drogas para a Europa, África e Ásia.
A Polícia de Portugal suspeita que Carvalho passou dois anos em Lisboa. Uma van foi encontrada com 2 milhões de euros – em torno de R$ 10 milhões – pertencia ao ex-militar. Ele também teria comprado uma mansão de 2 milhões de euros para viver na cidade paradisíaca Marbela, na Espanha.
A operação da PF apreendeu 37 aeronaves, 70 veículos e 170 imóveis que supostamente pertencem à organização criminosa chefiada por Carvalho. Ele chegou a usar um falso, que acabou sendo dado como morte para escapar da polícia de Portugal e da Espanha.
Com a prisão na Hungria, a Polícia Judiciária de Portugal passa a ter certeza que o Major Carvalho está vivo e não morreu. No momento da prisão, ele usava documentos falsos, conforme a CNN portuguesa.
A PF deverá pedir a extradição do Major Carvalho para ser julgado pelos crimes no Brasil. No entanto, ele também pode ser levado a julgamento em Portugal, onde é acusado de tráfico internacional de drogas e de branqueamento de capitais provenientes do crime organizado.
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