Empossado para o segundo mandato no comando do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o promotor Alexandre Magno Benites de Lacerda, elogiou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele afirmou que o tucano “ajudou no sonho” e vai deixar como “legado” a construção do novo prédio do órgão, que vai abrigar os gabinetes de todos os procuradores de Justiça e promotores de Campo Grande.
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Reconduzido para o cargo pelo tucano, Lacerda destacou o apoio do governador as suas ideias e projetos desde o primeiro mandato, quando sucedeu o procurador de Justiça Paulo Cezar dos Passos. “O senhor, governador, me ajudou também num sonho dessa instituição, que nós iremos concretizar aqui, que é uma sede, uma sede maior”, afirmou o procurador-geral de Justiça.
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O novo edifício, uma mega obra que não teve o custo divulgado, vai ser construído para unificar os gabinetes de primeira e segunda instância. “Chega de divisões, de diversos Ministérios Públicos”, ressaltou. Na sua opinião, a obra é uma prioridade da nova gestão, que começou nesta semana. “A construção dessa sede, governador, é um legado que o senhor está deixando para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul”, destacou Alexandre Mango Benites de Lacerda.
Conforme o procurador-geral de Justiça, o MPE deve ser uno, forte e coeso. Na sua opinião, houve um período em que o Ministério Público tinha uma atuação “esquizofrênica e midiática”, que esquecia sua missão principal, que era proteger a sociedade.
Azambuja destacou a parceria entre os poderes e o Ministério Público Estadual, que classificou como importante para o desenvolvimento humano e social. “Além da necessária e saudável independência entre os Poderes, o diálogo entre as instituições de Estado produziu avanços notáveis, resultantes da cooperação mútua”, afirmou o governador, conforme a assessoria de imprensa.
O governador de Mato Grosso do Sul foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República no dia 15 de outubro de 2020 pelos crimes de corrupção passiva, chefiar organização criminosa e lavagem de dinheiro no Superior Tribunal de Justiça. Reinaldo é acusado de receber R$ 67,7 milhões em propinas da JBS por meio de notas fiscais frias em troca de incentivos fiscais. O suposto esquema teria causado prejuízo de R$ 209,5 milhões aos cofres estaduais.
A denúncia aguarda para ser analisa pela Corte Especial do STJ. Caso a corte não analise até o fim deste ano, o processo será enviado à Justiça Estadual e a acusação passará a ser feita pelo Ministério Público Estadual.
A mesma denúncia contra o filho do governador, o advogado Rodrigo Souza e SIlva, o primeiro secretário da Assembleia, Zé Teixeira (PSDB), entre outros, já tramita na 2ª Vara Criminal após o processo ser desmembrado pelo STJ. Ele também é acusado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.