A senadora Simone Tebet (MDB) empaca até em Campo Grande e fica em penúltimo lugar, com 3,2%, segundo pesquisa realizada entre os dias 18 e 22 deste mês pelo Instituto Ranking Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera com 37,2%, contra 28,30% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre os eleitores da Capital.
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A polarização está praticamente cristalizada na cidade com o naufrago dos candidatos a representar a terceira via. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro (Podemos), encolheu na Capital e ficou com apenas 5,5%, enquanto o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), teve 3,4%.
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A senadora sul-mato-grossense só tem vantagem de 0,10 ponto percentual sobre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Mesmo com o PSDB controlando o Governo do Estado há quase oito anos e comandando a maioria dos municípios sul-mato-grossenses, o tucano fica na lanterna na disputa presidencial com 3,1%, contra 3,2% de Simone.
Conforme a pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 05598/2022, com margem de erro de 3%, o número de indecisos, votos nulos e brancos somam 20,3%.
No segundo cenário, com apenas dois candidatos, Bolsonaro teve 48%, contra 36,2% de Lula. O percentual de indecisos, nulos e brancos somou 15,8%.
A cristalização da polarização fica mais evidente com a pesquisa espontânea, quando o eleitor cita o candidato sem a apresentação do disco. Bolsonaro tem 30,1% na espontânea, enquanto o petista chega a 21,4%. Moro ficou com 3,7%, Ciro com 2,50%, Simone com 2% e Doria com 1,60%.
Os números também deixam claro que a candidatura de Simone terá muita dificuldade para chegar à convenção, prevista para o início de agosto. A emedebista não consegue ter um bom desempenho nem em casa. Nem a exibição da propaganda partidária do MDB, na qual a senadora é protagonista, conseguiu elevar os números.
Mais sorte tem Bolsonaro, que se mantém na liderança entre os campo-grandenses apesar do aumento de até 25% no preço do gás de cozinha, da gasolina e do óleo diesel. Os números mostram que o presidente acertou em não intervir na política de preços da Petrobras, pelo menos para os eleitores de Campo Grande.
Lula é o mais rejeitado, com 33,%, seguido por Bolsonaro com 22%. Os demais candidatos possuem baixos índices de rejeição, mas também não se mostram competitivos para chegar ao segundo turno, como é o caso de Ciro, rejeitado por 8,3%, de Doria (6,7%), de Moro (4%) e Simone (3,4%).
A liderança nas pesquisas deverá guiar os candidatos a governador, que deverão evitar críticas ao atual presidente durante a campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul. André Puccinelli (MDB) não deverá fazer questão de subir no palanque de Simone, enquanto Eduardo Riedel (PSDB) deverá abandonar Doria a própria sorte para não ser contaminado pela rejeição do paulista.
Por outro lado, o ex-governador Zeca do PT, caso consiga recuperar os direitos políticos, poderá tentar colocar à campanha de Lula, que com 28,3%, pode leva-lo ao segundo turno da disputa.