Oficializado como pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul em encontro estadual do PSD, Marquinhos Trad (PSD) começou a afinar o discurso para se contrapor aos principais adversários, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e ao secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Ele vai enfatizar o fato de ser ficha limpa, ter experiência e não apresentar boas ações apenas em ano eleitoral.
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Com a participação de centenas de eleitores, que lotaram a Associação Nipo-brasileira, e do presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, Marquinhos deu mais um passo para disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). O próximo e definitivo ocorrerá no dia 2 de abril deste ano com a renúncia ao cargo de prefeito, quando deixará a Capital sob o comando de Adriane Lopes (Patri).
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O prefeito se apresentou como candidato “ficha limpa” para se contrapor ao ex-governador André Puccinelli. O emedebista foi condenado por improbidade administrativa por coagir eleitores nas eleições de 2012, conforme sentença da 1ª Vara Federal de Campo Grande. Além disso, Puccinelli é réu em várias ações por corrupção e improbidade administrativa em decorrência das investigações da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica. Com os bens bloqueados e uma temporada de cinco meses atrás das grades no currículo, o ex-governador é um dos favoritos nas eleições deste ano.
Marquinhos também enfatizou a experiência por ter administrado a Capital nos últimos seis anos. Ele se apresentou como “experiente, preparado e independente”. Esta parte tem como alvo Rose Modesto, que não tem experiência em cargos executivos e foi a principal aliada de Reinaldo. A tucana conta, inclusive, com cargos na administração estadual. Ela deve deixar o PSDB e se filiar ao União Brasil no próximo sábado (12).
O prefeito também mirou no candidato de Reinaldo. Ele disse que gostaria de saber de onde sai tanto dinheiro a oito meses das eleições, já que o atual Governo do PSDB pregou dificuldades econômicas por oito anos. Ele citou como exemplo os servidores públicos estaduais, que ficaram sem reajuste em cinco dos oito anos da gestão tucana.
“Como governador, quero ser amigo de verdade, mas não ‘amigo’ dos amigos, mas de todos os municípios, para que prefeitos, vereadores sejam prestigiados, estimulados e chamados pra juntos, administrarmos Mato Grosso do Sul”, enfatizou. Marquinhos mira Reinaoldo mais uma vez, a quem acusa de ter reduzido o repasse de Campo Grande no ICMS para privilegiar outras cidades comandadas por aliados, como Três Lagoas, de Ângelo Guerreiro (PSDB).
Durante visita à cidade no leste do Estado, ele afirmou, em entrevista, que a Capital perdeu R$ 20 milhões por mês com a redução no índice do rateio do ICMS. “Independentemente do tamanho da população, enquanto tiver um município com uma pessoa, vamos tratar com igualdade, sem ver se é de direita, de esquerda ou de centro”, anotou, conforme o registrado pelo Campo Grande News.
Outro ponto destacado no discurso foi “justiça social”. “Vamos dar condições de prosperidade para todos”, prometeu. Marquinhos destacou ainda que tem coragem para tomar as medidas que serão necessárias, mas sem impor sacrifícios à população. Como exemplos desta disposição, ele citou o congelamento do valor do IPTU de Campo Grande neste ano e da extinção da tarifa mínima de água e esgoto na Capital.
Os irmãos de Marquinhos destacaram as qualidades do prefeito. Presidente regional do PSD e líder da legenda no Senado, Nelsinho Trad ressaltou que o companheirismo do irmão. “Quem tem família e amigos nunca estará sozinho”, afirmou.
Deputado federal e ex-presidente da OAB/MS, Fábio Trad destacou as qualidades como gestor. “Qual foi o lema da primeira campanha? Levanta, Campo Grande! E Campo Grande levantou. E da segunda? Reviva Campo Grande. E Campo Grande reviveu”, discursou. Ele também enalteceu o coração grande e compassivo do irmão.
Presidente nacional do PSD, Kassab disse que bastaram dois minutos em Campo Grande para perceber que a cidade “está bem administrada”. Ele prometeu se soldado da campanha para eleger Marquinhos Trad governador nas eleições deste ano.
Apesar das negativas do presidente da Cassems e do PSB, Ricardo Ayache, o pré-candidato reafirmou que ele deverá ser o candidato a vice-governador da sua chapa. O candidato a senador será o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD).
Os outros pré-candidatos a governador são André Puccinelli, Rose Modesto, Eduardo Riedel, o ex-governador Zeca do PT, o empresário Beto Figueiró (PRTB), o ex-vereador Vinicius Siqueira (PROS) e o ex-vereador Marcelo Bluma (PV). O PL está dividido entre apoiar André e lançar candidato próprio, João Henrique Catan ou Capitão Contar.