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    Opinião

    Político digno jamais usaria família e religião para ludibriar e se esconder, afirma filósofo

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt15/01/20225 Mins Read
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    No artigo “Moral e racionalismo”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro critica políticos que usam a religião e a família para se ludibriar a sociedade e se esconder atrás da estampa moral que não possui. Sem citar nominalmente, ele faz duras críticas à atuação do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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    “O presidente brasileiro, eleito democraticamente sob diversos aspectos questionáveis, é um exemplo de ironia, de cinismo e de completa falta de vergonha. Ele está mais para a moral do Marquês de Sade”, detona.

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    “O pior é alguém, incapaz de pensar por si sem fazer chover palavrões e ataques verbais, usar o quesito religioso, a violência, sair de férias e ignorar a desgraça de um povo na enxurrada, depois entrar bruscamente num hospital com cara de coitado que não consegue evacuar por estar enfezado”, relembra, citando a tragédia causada pelas chuvas na Bahia e em Minas Gerais.

    “Não há razões de existir, muito menos de ser, quando a vida pública se resume a oprimir a classe que carrega pianos, os trabalhadores. É a dicotomia e o cúmulo do absurdo, ele massacrou a esperança. Anos atrás o mau exemplo do cristianismo era George Bush na América do Norte, os ventos mudaram e a América do Sul engendrou a obstrução intestinal”, pontua.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Moral e racionalismo

    Mário Pinheiro, de Paris

    Segundo o filósofo escocês David Hume, podemos esperar, de uns e outros, a mesma adesão cega aos argumentos, o mesmo desprezo do adversário e a mesma veemência para impor as ideias falsas e o erro. É em vão esperar alguma lógica. A moral tem sempre ligação direta com o dever. O dever está no trabalho de Kant, na estética hegeliana, nas reflexões cartesianas.

    É obrigatório que ela esteja na política, que obrigue a correção, a transparência com a coisa pública. Um político digno de seu posto público jamais usaria a religião e a família para ludibriar e se esconder atrás da estampa moral que não possui. O presidente brasileiro, eleito democraticamente sob diversos aspectos questionáveis, é um exemplo de ironia, de cinismo e de completa falta de vergonha. Ele está mais para a moral do Marquês de Sade.

    Entretanto, quase todos os escritores nihilistas reclamam de Sade por ser um autor obsceno, não porque ele se servia da sexualidade, mas por ter reinaugurado o sadomasoquismo. Mas o pior é alguém, incapaz de pensar por si sem fazer chover palavrões e ataques verbais, usar o quesito religioso, a violência, sair de férias e ignorar a desgraça de um povo na enxurrada, depois entrar bruscamente num hospital com cara de coitado que não consegue evacuar por estar enfezado.

    Infelizmente, o tipo execrável que ocupa o cargo de presidente não pode entrar na lupa do saber, nem da moral por ser um falso puritano. O racionalismo não existe no mundo do presidente que se tornou indecente.

    Depois de Kant, Hegel marca uma nova e importante etapa com novas características da filosofia quando destaca o racionalismo. No tempo de Kant, o racionalismo está num impasse, no final de seus recursos. Mas Kant e Hegel são os precursores diretos do homem moderno. Eles são humanistas.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

    Hegel não substitui uma linha de pensamento por outra, ele modifica as regras em duas vertentes: propõe a epistemologia e a metodologia. A metodologia na política não pode cair de braços pela falsa facada, pelo coitadismo, pelo lobo que engoliu o cordeiro e pelas mentiras. O primeiro critério da filosofia é ensinar a questionar, a criticar embasado em fatos, jamais em invenções.

    Hegel já não falava mais em antítese, mas da confrontação tese e antítese para se chegar numa síntese. A metodologia mudou, não são as respostas dos pais que aquecem a dúvida dos filhos, mas a procura, a pesquisa nos livros e debates, e, jamais, jamais se pensaria que um pai maluco educaria e ensinaria os filhos a engendrar o ódio pelas armas de uma milícia armada. Milícia é esquadrão da morte, ela espalha medo, terror. A razão foi demitida, domina o achismo e os músculos.

    Depois de Hegel, temos Kierkegaard que apresenta metodologia na linha do desespero focado no pecado e na religião. Mas Kierkegaard é o verdadeiro homem moderno em seu tempo. Ele apresenta o existencialismo secular e religioso de onde Sartre, Camus, Heidegger e Jaspers vão se deliciar. O dinamarquês é o primeiro a cutucar os intelectuais, a classe trabalhadora e a burguesia. Claro, Marx também, mas é isso que oferece uma identidade e um motivo maior aos pensadores que assistem a metamorfose social.

    Não há razões de existir, muito menos de ser, quando a vida pública se resume a oprimir a classe que carrega pianos, os trabalhadores. É a dicotomia e o cúmulo do absurdo, ele massacrou a esperança. Anos atrás o mau exemplo do cristianismo era George Bush na América do Norte, os ventos mudaram e a América do Sul engendrou a obstrução intestinal.

    Não há pior cego do que aquele que não quer ver que a moral do dito cujo é pura falácia. Hume, em sua pesquisa sobre os princípios da moral, diz que quando um homem, no meio político, se faz odiar por seus crimes, as leis devem puni-lo. Aí mora o interesse em nomear ministros da alta corte judicial, extremamente religiosos e amiguinhos.”

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