Os políticos de Iguatemi também aderiram a onda de que acabou a crise e elevaram os próprios salários em 27%, enquanto a população continua sofrendo os gravíssimos efeitos da pandemia. O prefeito Lídio Ledesma (Progressistas) vai passar a receber R$ 20.320 a partir do próximo dia 1º. O aumento foi aprovado pelos vereadores, que também elevaram os próprios salários.
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Com o aumento em tempos difíceis, eles seguem o exemplo dos vereadores de Amambai e Dourados, que também ignoraram a população no ano seguinte à eleição e promoveram aumento generosos nos próprios salários.
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O prefeito de Amambai, Edinaldo Melo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB), teve aumento de 54%, com o subsídio saltando dos atuais R$ 17.143 para R$ 26,5 mil. O salário do vice-prefeito passará de R$ 8.571 para R$ 10,6 mil.
O tratamento dado aos políticos e aos servidores concursados ficou mais evidente em Dourados. O funcionalismo terá reajuste salarial de apenas 5%, apesar da inflação estar na casa dos 10% no País. Já Alan Guedes (Progressistas) terá acréscimo de 58,64% a partir do dia 1º, com o vencimento saltando dos atuais R$ 13.804,56 para R$ 21,9 mil. Com a decisão, ele acaba entrando para a fama dos prefeitos douradenses.
O terceiro prefeito a elevar o próprio salário é Lídio Ledesma. O subsídio do prefeito de Iguatemi passa dos atuais R$ 16 mil para R$ 20.320. Ele vai receber quase o mesmo valor pago ao prefeito Marquinhos Trad (PSD). Só que o segundo recebe R$ 21,2 mil para administrar a Capital, com 916 mil habitantes, enquanto Ledesma comandará uma cidade com pouco mais de 15 mil habitantes.
O vice-prefeito José Roberto Arcoverde (MDB) passará a receber R$ 12,7 mil, contra o salário atual de R$ 10 mil. O subsídio de secretário municipal passará de R$ 5,5 mil para R$ 7 mil. Os vereadores também aprovaram reajuste no próprio salário, de R$ 5,5 mil para 7 mil, mas o valor só entrará em vigor em 2025.
O presidente da Câmara Municipal, Genésio Boamorte, vai passar a receber R$ 7,3 mil, enquanto o primeiro secretário do legislativo, R$ 7,1 mil.
Os políticos chegaram a reajustar os próprios salários no ano passado, mas acabaram desistindo diante da repercussão e por ser ano eleitoral. Agora, como só vão voltar a pedir votos em 2024, eles deixam claro que não estão preocupados com o eleitor e aprovaram reajustes abusivos.
Nada como viver em um País rico, onde não há pobres e gente passando fome para pagar tão bem aos prefeitos e vereadores. A cada dia, graças ao apoio de parcela da sociedade, a classe política continua no paraíso enquanto a população sofre com as políticas de austeridade.
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