Um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lamentar a alta dos combustíveis, a Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (25), mais um reajuste de 7,04% no preço da gasolina. É o 11º aumento do ano e o 2º neste mês. O óleo diesel também sobe 9,15%. No interior de Mato Grosso do Sul, o preço da gasolina deve superar R$ 7,50 nas bombas, enquanto ficar próximo de R$ 7 na Capital.
[adrotate group=”3″]
A nova majoração nos preços dos derivados do petróleo deverá penalizar ainda mais o consumidor. De acordo com pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), nos últimos 30 dias, o preço médio da gasolina teve alta de 4,07% no Estado, de R$ 5,987 para R$ 6,231. O menor valor praticado saltou de R$ 5,759 para R$ 5,99.
Veja mais:
Gasolina sobe mais que 20 centavos e bolsonaristas culpam todo mundo, menos Bolsonaro
Petrobras reajusta gasolina pela 10ª vez em meio à guerra entre Bolsonaro e governadores
Reinaldo culpa Bolsonaro pelo aumento da gasolina e critica “lucro de R$ 40 bi” da Petrobras
Petrobras eleva o preço da gasolina pela 9ª vez no ano e litro vai custar quase R$ 7 em MS
O novo reajuste foi anunciado ontem pelo presidente da República. “Temos aí, pelo que tudo indica, reajuste nos preços dos combustíveis. Isso nem precisa ter bola de cristal, nem informações privilegiadas, o que eu não tenho. É só ver o preço do petróleo lá fora e o comportamento do dólar aqui dentro. Eu não tenho poderes de interferir sobre a Petrobras”, lamentou Bolsonaro, que, pela primeira vez, não culpou os governadores pela escalada no preço dos combustíveis.
“Eu indico o presidente (da Petrobras), nada além disso. Alguns querem que a gente interfira no preço, a gente não vai interferir no preço de nada. Isso já foi feito no passado e não deu certo”, justificou. A atual política de preços de paridade com o mercado internacional foi implantada há cinco anos, na gestão de Michel Temer (MDB) e mantida pelo capitão.
O resultado é o encarecimento absurdo no preço pago pelo consumidor. Na Capital, o menor preço praticado nas bombas deve pular dos atuais R$ 6,07 para até R$ 6,51 para o pagamento em dinheiro ou débito. No cartão de crédito, o valor poderá passar dos atuais R$ 6,489 para até R$ 6,95. O maior valor deverá superar R$ 7 em Campo Grande.
Em Aparecida do Taboado, o sul-mato-grossense já paga R$ 7 pelo litro da gasolina. Na cidade, o valor poderá passar dos atuais R$ 6,997 para R$ 7,50. Em Amambai, o preço oscila entre R$ 6,499 a R$ 6,549 e poderá ficar entre R$ 6,90 e R$ 7,02.
Apenas neste ano, com 11 reajustes, o litro da gasolina subiu 73,4% na refinaria. O valor é sete vezes maior que a inflação acumulada de 10,23% neste ano. O preço passou de R$ 1,84, em dezembro do ano passado, para R$ 3,19 a partir de amanhã.
Apesar da ameaça de greve dos caminhoneiros, o óleo diesel deve subir mais 9,15% (R$ 0,28) na refinaria, passando de R$ 3,06 para R$ 3,34. Com mais este aumento, o produto acumula alta de 65,3% apenas em 2020.
O encarecimento dos combustíveis deve pressionar ainda mais a inflação, que já acumula alta de 11,43% nos últimos 12 meses em Mato Grosso do Sul, conforme o IBGE. Também poderão encarecer o preço dos alimentos. O preço do diesel deverá ser repassado aos passageiros do transporte coletivo, que na Capital terá aumento em dezembro.
2 Comentários
Pingback: Bolsonaro não muda política e Petrobras sobe gasolina, diesel e gás em até 24,9% amanhã - O Jacaré
Pingback: Postos recuam de reajuste, preço da gasolina cai e tem até sorteio para elevar vendas - O Jacaré