Patinando nas pesquisas sobre a sucessão presidencial, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) fica com a lanterna nas redes sociais entre os pré-candidatos a presidente em 2022. Os dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que o médico campo-grandense tem mais um obstáculo para se viabilizar como candidato da 3ª via. Os principais adversários chegam a ter densidade dez vezes superior ao médico ortopedista.
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Estratégica para quem deseja chegar ao Palácio do Planalto, as redes sociais estão divididas entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera todos os levantamentos, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 90% dos engajamentos estão divididos entre lulistas e bolsonaristas, de acordo com a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP/FGV), divulgada pelo jornal O Globo.
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Bolsonaro conta com 14,5 milhões de seguidores nas redes sociais, enquanto Lula tem 4,7 milhões. Entre os pré-candidatos da 3ª via, o melhor colocado é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2,7 milhões de seguidores. O ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), tem 936,1 mil.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que disputa as prévias do PSDB com Doria, conta com 448,6 mil seguidores, enquanto Mandetta fica na última colocação, com 197,5 mil.
Ao analisar o engajamento nas redes sociais, a DAPP/FGV detectou que Bolsonaro oscilou entre 19,7 milhões e 27,5 milhões entre os meses de abril e setembro deste ano. No mesmo período, Lula variou entre 3,749 milhões e 3,658 milhões. Doria ficou em 3º, variando entre 1,514 milhão e 734,6 mil.
Mesmo com os ataques frequentes a Lula, que lidera as pesquisas, Ciro Gomes não conseguiu embalar e segue caindo na mobilização na internet, de 852,9 mil para 670,1 mil citações. Em seguida, Leite teve entre 176 mil e 271,3 mil.
Mandetta teve o menor engajamento, com as citações variando entre 47,5 mil, em abril deste ano, para 54,5 mil no mês passado. O bombardeio do ex-ministro ao presidente Bolsonaro pelas ações na pandemia da covid-19 não surtiu efeito na rede mundial de computadores.
O levantamento é um banho de água fria nas pretensões de Mandetta. O ex-ministro tem patinado nas pesquisas, oscilando entre 2% e 5%. O engajamento nas redes sociais seria uma alternativa para o democrata se viabilizar e conquistar eleitores no País.
Em análises sobre as eleições, Mandetta costuma repetir que 30% preferem Lula, enquanto outros 30% vão com Bolsonaro, enquanto 40% não possuem candidato e poderiam optar pela 3ª via. No entanto, a lógica do ex-ministro não encontra respaldo nos levantamentos divulgados.
Lula tem oscilado entre 40% e 45%, enquanto Bolsonaro fica com aproximadamente 30%. Em torno de 10% dos eleitores não pretendem votar ou desejam anular ou votar em branco. Isso significa que o cotado para ser o representante da 3ª via não tem um campo muito grande para crescer.
Para chegar ao segundo turno, Mandetta vai precisar contar com a queda de Bolsonaro, Lula e Ciro nas pesquisas. O pedetista tem em torno de 10%. Isso significa que, no momento, os cotados para ser o nome da 3ª via vão disputar apenas 10% dos eleitores, insuficiente até para chegar ao 2º turno.
O ex-ministro vai precisar se esforçar e rebolar para conquistar o eleitor brasileiro.