Cerca de 5 mil pessoas, segundo a organização, participaram do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã deste sábado (2) nas ruas centrais de Campo Grande. Além do impeachment, os manifestantes criticaram o aumento no preço dos alimentos e dos combustíveis. Também lembraram do escândalo envolvendo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que conseguia empréstimos com juros mais baixos para os amigos na Caixa Econômica Federal.
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Maior que em relação ao Grito dos Excluídos, realizado no dia 7 de Setembro, quando o protesto reuniu 3 mil, de acordo com os organizadores. Na ocasião, a Guarda Municipal estimou em mil. Neste sábado, as autoridades não divulgaram a estimativa de público.
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Apesar da participação ficar longe dos 40 mil no ato a favor do presidente e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vilson Gregório Gimenes, considerou um sucesso por ter sido realizado em Campo Grande, “notadamente conservadora”.
“As pessoas estão mostrando o descontentamento com esse Governo, que não tem condições de ficar mais”, afirmou o sindicalista. “Foi um ato pacífico, demonstramos nossa indignação com esse Governo da morte e irresponsável, que não tem projeto para a vida e criar empregos”, ressaltou Gimenes. “Só tem projeto para a corrupção”, afirmou.
“Mais uma vez, tivemos uma grande manifestação na Capital, demonstrando a crescente insatisfação da população com governo Bolsonaro, com a inflação, aumento dos combustíveis, o desemprego, a miséria e a fome. Nossa esperança está nas ruas, na mobilização social e no desejo de um número cada vez maior de pessoas de uma mudança nos rumos do país”, avaliou o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que sempre lidera as manifestações contra o Governo Bolsonaro.
Durante o ato, os manifestantes lembraram o aumento do custo de vida, como a gasolina, que teve nove reajustes e aumento de 51% na refinaria pela Petrobras. Também destacaram os preços do arroz, óleo de cozinha e do gás de cozinha.
O grupo se concentrou na Praça do Rádio e percorreu a Avenida Afonso Pena e as ruas 14 de Julho e Barão do Rio Branco. Cartazes criticavam Bolsonaro e o chamavam de genocida, responsabilizando-o pelas quase 600 mil mortes causadas pela covid-19 no País.
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e a senadora Simone Tebet (MDB), não compareceram ao protesto. No mês passado, eles foram a São Paulo participar de ato pelo impeachment de Bolsonaro na Avenida Paulista. Na ocasião, a justificativa era de que não havia manifestações em Campo Grande.
O protesto em São Paulo foi organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre), que reuniu os candidatos da terceira via e foi boicotado pelos partidos de esquerda e sindicatos.