A senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) vão à manifestação do MBL (Movimento Brasil Livre) no próximo domingo (12) na Avenida Paulista, em São Paulo, a favor do impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo não planeja realizar atos para denunciar as “mentiras” do presidente em Mato Grosso do Sul.
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Os movimentos de ruas, que foram aliados de Bolsonaro, planejam realizar manifestação maior que a realizada no dia 7 de setembro deste ano, quando 125 mil pessoas foram apoiar o Governo e protestar contra o Supremo Tribunal Federal na Paulista. Além do MBL, o protesto conta com a organização do Livres e Vem para Rua.
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Os organizadores querem reeditar o movimento semelhante às Diretas Já, que reuniu políticos das mais diferentes ideologias nos anos 80. No entanto, o PT e outros partidos de esquerda resistem ao convite porque o grupo ganhou força com a mobilização a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015.
Cotados para disputar a presidência da República, Simone e Mandetta confirmaram presença e serão apresentados como atrações do evento. O ex-ministro ganhou notoriedade ao se opor ao discurso de Bolsonaro no combate à pandemia. Já Simone vem ganhando os holofotes ao fazer as denúncias na CPI da Covid do Senado.
Outros presidenciáveis devem participar, como Ciro Gomes (PDT), o banqueiro João Amôede (Novo) e o senador Álvaro Dias (Podemos). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) também cogita participar do ato contra Bolsonaro.
De acordo com o MBL, o movimento vai pedir “fora Bolsonaro”. “Pelas mentiras e estelionatos eleitorais. Pela aliança com os corruptos. Pelas rachadinhas e pela propina na vacina. Pelos 520 mil brasileiros mortos. O governo Bolsonaro é um crime e uma vergonha para o nosso país. E está na hora de derrubá-lo de uma vez por todas. DIA 12/09 é o começo da sua queda”, afirma o movimento na convocação do protesto.
Por outro lado, o MBL de Mato Grosso do Sul não vai realizar nenhum ato no domingo. “O MBL não fará manifestação no estado no próximo dia 12 de setembro, mas fará panfletaços durante essa semana que antecede o dia 12”, informou a organização, em nota.
“Os panfletaços terão como objetivo divulgar as traições do Bolsonaro desde que assumiu a presidência da República, que vão desde nomear petistas para a PGR e AGU, agir fortemente para o fim da operação Lava Jato, ao sancionar o juiz de garantias e através do seu filho, Flávio Bolsonaro ter trabalhado de forma assídua para barrar a CPI da Lava Toga, a nomear políticos investigados por corrupção do Centrão ao seu governo”, pontuou.
Um dos motivos pode ser a força do presidente da República no Estado. Na terça-feira, cerca de 40 mil pessoas, segundo a Guarda Municipal, participaram da manifestação de apoio a Bolsonaro na Capital. Pesquisa da Ranking mostra que Bolsonaro lidera a pesquisa das eleições de 2022 no Estado.