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    Opinião

    Filósofo fala sobre o uso da moral para fazer mal e diz que o “centrão” é o câncer do Brasil

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt04/09/20217 Mins Read
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    No artigo “O paradoxo da moral”, o filósofo e jornalista Mário Pinheiro analisa quem prática o mal em nome da moral, como assassinatos, invasões de terras indígenas, matança gratuita de mulheres e tiros certeiros contra crianças e negros. “

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    “Em que lugar colocamos a moral quando a elite branca tira a vida de homossexuais? Devemos acabar com os LGBTs por causa do nosso machismo que não aceita a opção sexual e a sociologia de gênero? Quais os objetivos da moral individualista que enche o corpo de músculos e deixa o cérebro vazio e cheio de vento?”, questiona.

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    “O paradoxo social se alia a uma moral deslavada de falsidade, de golpistas que odeiam o regime democrático que os elegeu, eles ignoram a desigualdade social. E enquanto a mentira perdura, a boiada continua a passar”, ressalta.

    “O grupo denominado políticos do centrão é o câncer do Brasil. As inverdades que eles inventam e a razão pura entre eles jamais existiu, isso, logico, sem falar do primata que escapou da punição dos militares, aquele desequilibrado que ameaçou jogar bombas no quartel”, critica.

    “Então, esta pessoa foi eleita oito vezes pelo voto eletrônico, assim como os filhos, e hoje diz que a dita máquina é fraudulenta, por isso deseja o voto impresso, a isso chamamos paradoxo da inteligência inexistente”, analisa, sem citar o nome do presidente da República. Pinheiro também critica as mobilizações em defesa do Governo no dia 7 de Setembro.

    Veja o artigo:

    “O paradoxo da moral

    Mário Pinheiro

    A moral é o conjunto de ideias numa sociedade, que justifica o que é permitido, prescrito ou proibido, o bem, o mal. Ela é fundamentada sobre normas, valores, sob a égide da regulamentação jurídica e social. O termo moral é frequentemente usado como sinônimo da ética. Perguntamos ao leitor, para que serve a teoria moral numa sociedade como o Brasil que vive sob tensão de grupos dominantes que abusam de fenômenos morais para justificar assassinatos, invasões de terras indígenas, ataques organizados contra líderes do Movimento Sem Terra, matança gratuita de mulheres, tiros certeiros “quase sem querer” contra crianças e negros?

    Em que lugar colocamos a moral quando a elite branca tira a vida de homossexuais? Devemos acabar com os LGBTs por causa do nosso machismo que não aceita a opção sexual e a sociologia de gênero? Quais os objetivos da moral individualista que enche o corpo de músculos e deixa o cérebro vazio e cheio de vento?

    Durkheim diria que consiste em fundar uma nova moral diante da crise moral. O Brasil é isso, um país moderno, lindo, cheio de dicotomias, paradoxos, injustiças, exclusão, má distribuição de rendas porque o patrão não entra na fábrica, desconhece seus empregados e, a cada vez mais, substitui o peão pela máquina; o índio se apaga pela bala do carrasco, o camponês não vê esperança porque o pseudo grande produtor, grileiro, confabulador do mercado, invade, expulsa, derruba a mata, vende a madeira, depois vai para a igreja.

    O paradoxo social se alia a uma moral deslavada de falsidade, de golpistas que odeiam o regime democrático que os elegeu, eles ignoram a desigualdade social. E enquanto a mentira perdura, a boiada continua a passar.       

    Kant, em sua “Crítica da razão pura”, diz que a incerteza de toda verdade não está baseada sobre a experiência. Ele sustenta que todo julgamento necessário e universal, não podendo ser nem analítico nem baseado sobre a experiência, deve logicamente sua verdade à inteligência. Nietzsche não parte por este caminho. Discípulo de Kant, ele admite as conclusões da razão pura em todo seu rigor.

    Em Nietzsche, o filósofo mata o crente piedoso, aquele que intercede pela moral em suas preces mesmo quando a falsidade dos atos demonstra a monstruosidade humana. Todas as ideias da moral compreendidas há séculos, segundo Nietzsche, são faltosas e erradas. Tudo é erro, tudo deve ser quebrado porque admitimos que o homem não é seu próprio fim, porque existe o Criador, e que um mundo superior e moral universal não existe. Há pessoas que se escondem sob o escudo da moral familiar para tentar provar o vazio de si mesmo, até juram por Deus, batem cartão na igreja cristã. Eles prostituíram a ideia.

    Existe o homem com seus instintos, suas loucuras, suas doenças. Vejam o caso do período pós-ditadura no Brasil. O normal seria punir de forma severa e exemplar todos os militares e civis que perseguiram, enjaularam e mataram de forma cruel os seres que buscavam liberdade de expressão. Fechou-se os olhos para a maldade em nome do perdão que está aliado a moral inexistente. Fez-se de conta.

    O resultado está nesta criação de milícias assassinas, de grupos que se unem, como a bancada da bala, de falsos produtores rurais escondidos na etiqueta política do grão, da carne, dos bancos, da cana, da madeira que sai silenciosa da Amazônia. São eles que ordenam o compasso do que é mais ignóbil e vergonhoso no governo brasileiro.

    O grupo denominado políticos do centrão é o câncer do Brasil. As inverdades que eles inventam e a razão pura entre eles jamais existiu, isso, logico, sem falar do primata que escapou da punição dos militares, aquele desequilibrado que ameaçou jogar bombas no quartel. Então, esta pessoa foi eleita oito vezes pelo voto eletrônico, assim como os filhos, e hoje diz que a dita máquina é fraudulenta, por isso deseja o voto impresso, a isso chamamos paradoxo da inteligência inexistente.

    Mas voltando ao tema moral, para Nietzsche, tudo que é superior e moral universal não existe. Há somente uma coisa para ele: o homem com seus instintos que o filósofo alemão chama de vontade, desejo e repulsão. A nova moral para Nietzche está no Zarathrousta. Imaginemos a situação de um miliciano ou da polícia que dispara contra a criança na favela, ou no jovem negro, depois destrói a cena do crime para escapar da justiça e o dito cujo acaba por receber condecoração por parte do Estado.

    A vida de quem atira e mata sem razão é vazia e a moral inexiste. Nesta situação o problema do bem e do mal assombra quem é vítima da cena e a questão que paira na superfície é chamada de consciência pela teologia. Mas como podemos casar as palavras moral e consciência?

    Em que condições o homem inventou o uso da etimologia bem e mal que se aplicava ao maniqueísmo? Caim, quando matou Abel, sumiu, foi para bem longe por uma questão de consciência. Não há como saber se ele teve a vida ameaçada, se levou família, o cachorro, as cabras, as galinhas, os asnos e as vacas, se cuidou dos sobrinhos.

    Caim vira construtor, segundo o teólogo Edmilson Schinelo. Pelas vias da consciência, da reflexão, o bem e o mal podem se anexar num canto do cérebro. Mas quem pratica o mal, fala do que é mal, rumina somente armas, divisão, de exterminar a petezada com “metranca” na mão, depois corre aos braços do pastor, acha que fuzil é melhor que feijão, este, além de desequilibrado, é perturbado, está possesso pelo capiroto.

    Depois, temendo as grades, invoca e convoca os imbecis a desfilarem no dia 7 de setembro. Ora, o 7 de setembro é o dia dos excluídos gritarem contra o regime que corrói. É tempo de protestar o paradoxo sofista e charlatão daqueles que tiraram o feijão da boca do povo rude, que subiram o preço da gasolina, da carne, do arroz, dos impostos, da energia e tantos outros enquanto a miséria e os miseráveis estão de prato vazio.”

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

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