O Ministério Público deu parecer para que o empresário Fahd Jamil vá a júri popular pelo assassinato do chefe da segurança Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo. Por outro lado, os promotores são contra novo depoimento do titular do Garras, delegado Fábio Peró, para esclarecer o suposto envolvimento de Jamil Name com o desaparecimento do Daniel Alvarez Georges, o Danielito, filho do Rei da Fronteira, ocorrido em 2011.
[adrotate group=”3″]
O pedido para nova oitiva de Peró foi feito pela defesa e tem efeito bombástico, porque Name e Fuad eram compadres. O suposto envolvimento de Jamil Name com a morte de Danielito foi tema de reportagem a revista Piauí e mencionado no depoimento do delegado.
Veja mais:
Rei da Fronteira quer acesso às provas de que compadre Jamil Name mandou matar o filho
“Rei da Fronteira” vira réu por execuções de policial civil e pistoleiro para vingar filho
Juiz libera delegado, acusado de ajudar grupo de extermínio, a trabalhar com tornozeleira
Fahd Jamil, Name e delegado viram réus por corrupção e obstruir investigações de homicídios
Ainda assim, Excelência, não se pode olvidar que haverá em sede de plenário oportunidade da Defesa reinquirir as testemunhas que considerarpertinentes, portanto, não se vislumbra qualquer ofensa ao princípio da ampla defesae do contraditório, já que será oportunizado à Defesa inquirir testemunhas perante os Jurados.
Além do novo depoimento, os advogados pedem acesso ao depoimento sigiloso feito por uma funcionária da família Name, de que o desaparecimento de Danielito estava ligado ao jogo do bicho em Campo Grande. O filho de Fahd Jamil estaria disposto a retomar o comando da contravenção na Capital, que teria sido repassado à família Name no passado.
“Ademais, não se verifica qualquer pertinência em averiguar matéria vinculada na mídia, já que há provas suficientes de que a motivação da morte da vítima ILSON MARTINS FIGUEIREDO foi represália pela morte/desaparecimento de Daniel Alvarez Georges”, pontuaram os promotores Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, Luciana do Amaral Rabelo e Moisés Casarotto.
O MPE destacou que o empresário terá a chance de expor as eventuais contradições durante o júri pelo homicídio de Figueiredo. A decisão de levar os réus a júri ainda vai ser decidida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Os promotores opinaram pela pronúncia de Fahd Jamil, do empresário Jamil Name Filho e do guarda municipal Marcelo Rios. Eles podem ir a júri por homicídio doloso, motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa da vítima. O militar foi executado com tiros de fuzil às 6h30 do dia 11 de junho de 2018 na Avenida Guaicurus.
Como os demais réus estão foragidos, o juiz poderá submeter a júri popular apenas os acusados presos, como Fahd Jamil, em prisão domiciliar, Rios e Jamilzinho, que estão detidos no Presídio Federal de Mossoró. O filho de Fahd, Flávio Correia Jamil Georges, o Flavinho, Melcíades Aldana e Juanil Miranda Lima estão foragidos. Jamil Name morreu em decorrência da covid-19 e teve a punibilidade extinta pela Justiça.
Conforme a denúncia, “em relação ao homicídio em tela, apurou-se a seguinte divisão de tarefas: a) FAHD JAMIL; FLÁVIO CORREIA JAMIL GEORGES; JAMIL NAME e JAMIL NAME FILHO foram responsáveis pelas atividades de mando do crime; b) MELCIADES ALDANA; MARCELO RIOS e JUANIL MIRANDA LIMA atuaram como intermediários; c) os executores direto da vítima não foram identificados”.
1 comentário
Pingback: Filho de Fahd teve cópia de depoimento sigilo e testemunha secreta falou de seis homicídios - O Jacaré