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    Opinião

    Ensaísta compara o padre Júlio Lancellotti a Cristo e diz que caridade não é dar mais aos ricos

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt01/08/20215 Mins Read
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    No artigo “Enquanto a mão amiga acolhe, a mão invisível das ‘elites’ despreza”, o ensaísta e economista Albertino Ribeiro fala sobre o trabalho das pessoas que buscam amenizar o sofrimento dos moradores de rua, como o padre Júlio Lancellotti em São Paulo. “Cristo deu o exemplo e fazia um trabalho maravilhoso; aliviava o sofrimento e transformava a vida de muitos que viviam em situação de abandono”, lembrou.

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    “Ninguém olhava para aquelas pessoas, eram desprezíveis aos olhos dos chamados ‘cidadãos de bem’. Acredito que naquele tempo havia muitas pessoas vivendo nas ruas. Será que naquele momento alguém inescrupuloso teria chamado Jesus de cafetão da miséria, como algumas pessoas tem feito com o Padre Júlio Lancellotti em São Paulo? É possível que sim”, pontua.

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    “Esse modo de agir ainda está presente nos dias de hoje. Em um Brasil que flerta com o fascismo, temos visto muita gente que procura destruir a integridade do outro através de mentiras e ofensas”, lamenta.

    Em seguida, ele cita a campanha em CDL em 2019 que defendeu a redução no número de andarilhos nas ruas da Capital. “A campanha defendia a internação compulsória de todos os moradores de rua, flertando com uma eugenia social que poderia, inclusive, incitar medidas radicais por parte da população”, destaca.

    “A caridade é uma das expressões mais verdadeiras do amor; não se trata de farsa. Farsa é dizer que a pobreza se resolve aumentando as posses dos ricos avarentos – disse avarentos, pois nem todos são –  e esperar que eles pensem no bem-estar da população; isso não vai acontecer”, conclui Ribeiro.

    “Enquanto a mão amiga acolhe, a mão invisível das “elites” despreza

    Albertino Ribeiro

    “Tive fome e me deste de comer. Tive frio e me vestistes”.

    Essas foram as palavras de Jesus quando falava em particular com os seus discípulos. Numa conversa entre amigos, Jesus afirma a importância da caridade, colocando-a como uma marca daqueles que realmente amam.

    Seguindo os ensinamentos do mestre, existem ONG’s e voluntários que neste inverno rigoroso trabalham para amenizar o sofrimento de pessoas que vivem na rua. Em Campo Grande, o projeto Fraternidade na Rua, que faz parte da Organização Humanitária Fraternidade Sem Fronteiras, presta assistência aos moradores de rua e distribui cobertores; um trabalho que aquece o corpo e a alma de muita gente.

    Ao ler a respeito do trabalho realizado por esses cidadãos (do) bem, lembrei do padre Júlio Lancellotti que, de forma semelhante aos nossos anjos da Capital morena, cumpre o principal mandamento bíblico que é amar ao próximo.

    Nos tempos do revolucionário de Nazaré havia uma população de rua miserável e oprimida, formada por cegos, coxos, leprosos; pessoas de todo tipo que viviam às margens da sociedade judaica da época.

    Cristo deu o exemplo e fazia um trabalho maravilhoso; aliviava o sofrimento e transformava a vida de muitos que viviam em situação de abandono. Foi assim com o cego Bartimeu, morador das ruas de Jericó – lembra? Bartimeu tinha como único patrimônio uma velha capa para se proteger do frio. Quando soube que o Messias passava pela rua onde pedia esmolas, o cego de Jericó deixou para trás a sua “coruja” (capa) e pediu socorro a única pessoa que poderia estender-lhe a mão.

    Ninguém olhava para aquelas pessoas, eram desprezíveis aos olhos dos chamados “cidadãos de bem”. Acredito que naquele tempo havia muitas pessoas vivendo nas ruas. Será que naquele momento alguém inescrupuloso teria chamado Jesus de cafetão da miséria, como algumas pessoas tem feito com o Padre Júlio Lancellotti em São Paulo? É possível que sim.

    Naquela época, existiam alguns fariseus ultraconservadores que se consideravam guardiões da moral e dos bons costumes, a nata da sociedade judaica – alguma semelhança? Aquelas pessoas odiavam Jesus, mas se diziam fazedores do bem. Devido a isso, merecidamente, receberam do mestre a alcunha de “sepulcros caiados” – limpos por fora, mas imundos por dentro.

    Esse modo de agir ainda está presente nos dias de hoje. Em um Brasil que flerta com o fascismo, temos visto muita gente que procura destruir a integridade do outro através de mentiras e ofensas. A maioria confessa fé cega e exclusiva na mão invisível do mercado. Segundo essa “elite”, só o mercado, com os seus ritos, possui o “caminho das pedras”, basta que todos se curvem à sua liturgia quase religiosa.

    A CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), em 2019, antes da pandemia, fez uma campanha cujo slogan era “menos andarilho, mais segurança”. A campanha defendia a internação compulsória de todos os moradores de rua, flertando com uma eugenia social que poderia, inclusive, incitar medidas radicais por parte da população. Como nem tudo está perdido, naquele mesmo ano, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) – defendendo os valores da nossa constituição cidadã – publicou uma nota de repúdio contra a campanha da associação.

    Em Campo Grande, segundo levantamento da prefeitura – dados de 2019 – havia 1.803 pessoas nessa condição de vulnerabilidade. Entretanto, com a pandemia, esse número hoje deve ser bem maior. Na cidade de São Paulo, onde atua a Pastoral dos Moradores de Rua, até o ano passado eram 24 mil, situação que certamente se agravou.

    Terminando, amigo leitor, a caridade é uma das expressões mais verdadeiras do amor; não se trata de farsa. Farsa é dizer que a pobreza se resolve aumentando as posses dos ricos avarentos – disse avarentos, pois nem todos são –  e esperar que eles pensem no bem-estar da população; isso não vai acontecer.

    (*) Albertino Ribeiro é economista, ensaísta e analista de informações socioeconômicas do IBGE


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