As novas denúncias de corrupção na compra de vacina levaram a oposição, sindicatos e movimentos sociais a antecipar para este sábado (3) a realização de novas manifestações contra Jair Bolsonaro (sem partido). Em Mato Grosso do Sul, os protestos pelo impeachment do presidente da República, por vacina para todos e pelo pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 devem ocorrer em 12 cidades.
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Em Campo Grande, nova passeata deve percorrer das ruas centrais amanhã. Entidades, organizações sociais e partidos de esquerda estão convocando a população para o ato a partir das 9h na Praça do Rádio. No último dia 19 de junho, de 500 a 3 mi pessoas, conforme estimativa de diferentes organizadores, participaram da manifestação, a primeira no Centro da Capital.
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Inicialmente, a mobilização nacional estava prevista para o dia 24 deste mês. No entanto, as denúncias da suposta cobrança de US$ 1 por dose de vacina pelo Ministério da Saúde e a de que Bolsonaro não mandou investigar o superfaturamento na compra da Covaxin fizeram os grupos anteciparem os protestos contra o Governo.
Também foi apresentada nesta semana o superpedido de impeachment de Bolsonaro na Câmara dos Deputados por várias entidades, organizações não governamentais, deputados de diferentes partidos e ideologias. O protesto visa elevar a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), de Alagoas.
Além da Capital, haverá passeata em Dourados e Nova Andradina. De acordo com a ADUFMS (Associação dos Docentes da UFMS), haverá carreata em Aquidauana (15h) e Terenos (9h). Haverá atos simbólicos em Bonito, Corumbá, Coxim, Itaquiraí, Jardim, Nioaque e Três Lagoas.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) convocou a população para participar do protesto contra o governo Bolsonaro. “Sábado é de protesto e indignação contra esse desgoverno e uma série de retrocessos na saúde, no meio ambiente e na educação”, afirmou o petista.
Em seguida, o parlamentar elenca os motivos para participar da mobilização contra o presidente da República, como a inflação em alta, os preços dos alimentos nas alturas, o esquema de propina na compra de vacina enquanto mais de 500 mil brasileiros morrem de covid-19 e pelo auxílio emergencial de R$ 600.
“ESTÃO MATANDO NOSSOS FAMILIARES, AMIGOS E CONHECIDOS PARA ROUBAR! Cada dia a mais de Bolsonaro, são milhares de nós a menos. Chega de chorar tantas perdas! Chega de morrer (ninguém mais está seguro)! Chega de quebradeira, desemprego, fome, miséria e abandono! Chega de corrupção! Queremos Vacina, sem Propina! Dia #3J, sábado agora, é dia de #BrasilNasRuas”, afirmou o advogado Mário Fonseca, que foi candidato a senador pelo PCdoB nas últimas eleições.
Bolsonaro e seus seguidores tem minimizado a realização de protestos contra o Governo. Na quarta-feira, ao participar de evento em Ponta Porã, ele afirmou que está tranquilo porque “mentiras nem uma CPI integrada por sete bandidos” vão tirá-lo do Governo. Ele destacou ainda contar com o apoio das Forças Armadas para garantir a democracia.