Edivaldo Bitencourt e Sandra Luz
A primeira passeata contra Jair Bolsonaro (sem partido) no Centro de Campo Grande contou com a participação de 500 a 3 mil pessoas, conforme estimativa dos organizadores, na manhã deste sábado. O mote da manifestação foi chamar o presidente da República de “genocida” e o responsabilizar pelas cerca de 500 mil vidas perdidas pela pandemia da covid-19.
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Sindicatos, centrais sindicais, partidos de esquerda e organizações sociais já realizaram carreatas e uma manifestação na Avenida Costa Silva em Campo Grande. Esta foi a primeira passeata no Centro. Portando faixas, cartazes e bandeiras dos sindicatos, de partidos e do Brasil, o grupo se concentrou na Praça do Rádio e percorreu a Avenida Afonso Pena e as ruas 14 de Julho e Barão do Rio Branco.
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“O povo está insatisfeito com esse governo, com sua irresponsabilidade. Se tivéssemos começado a vacinar lá no começo, teríamos salvado milhares de vidas. Fora a destruição do serviço público, que deixará a corrupção instalada no serviço público com a PEC 32”, afirmou o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), Fabiano Reis. “A população apoiou a gente, principalmente os trabalhadores do comércio, foi gratificante”, destacou. Ele disse que mais de 500 pessoas participaram do protesto.
A mesma percepção, de que a “passeata foi maravilhosa”, teve a secretária geral da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), Dilma Gomes. Ela destacou a inclusão de outras bandeiras, como o não à reforma administrativa, ao desmonte do Estado brasileiro e do SUS (Sistema Único de Saúde). “Fora Bolsonaro, descaso com quase meio milhão de vidas perdidas. O vírus que mata muito é chamado Bolsonaro”, acusou Dilma.
Mais otimista estava Lilian Zeola, da comissão de biossegurança da manifestação, que estimou 3 mil participantes na passeata contra o presidente. “Vacina já”, defendeu, responsabilizando o presidente pela dizimação da população brasileira pela covid-19.
Lilian e Dilma elogiaram o trabalho da Polícia Militar, que classificaram como exemplar e pacífico durante todo a manifestação. Elas não citaram o incidente divulgado pelo jornal TopMídiaNews, que registrou a cavalaria da PM partindo para cima dos manifestantes no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Pedro Celestino.
Integrante do Fórum da Economia Solidária, Rodrigo dos Santos Marques, disse que foi para se somar ao grito fora Bolsonaro. “Fora a política genocida e de morte”, protestou. Ele disse que foi se somar ao grito contra o retrocesso vivido pelo Brasil na gestão de Bolsonaro.
Durante o percurso, o grupo levou faixas com frases: “Fora Bolsonaro”, “Impeachment já”, “Fora Bolsonaro Genocida”, “Mito mente, Mito Mata”, “Cadeia para o delinquente da República”, “Em defesa da vida, da poesia e da vacina”, entre outros.
O Sindjor (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul) cobrou a vacinação dos jornalistas, que atuam na linha de frente ao acompanhar a evolução da pandemia no Estado, mas não foram imunizados. Além de faixa com a campanha, o presidente da entidade, Valter Gonçalves, discursou cobrando a vacinação dos profissionais dos meios de comunicação.